Situação no RD Congo é «alarmante» - TVI

Situação no RD Congo é «alarmante»

RD Congo

«Grupos de rebeldes e milícias realizam ataques contra civis e apoderando-se das propriedades», conta testemunha

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A situação no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) é «alarmante», afirmou esta segunda-feira em Luanda o presidente da Organização dos Chefes de Polícia da África Austral (SARPCCO), Sebastian Ndeitunga, escreve a lusa.

Este oficial da polícia da Namíbia, que chegou sábado a Luanda proveniente da RDCongo, falava aos jornalistas no final de um encontro com o comandante-geral em exercício da Polícia Nacional angolana, comissário Paulo de Almeida.

«A situação de segurança no Leste da RDCongo é alarmante, onde grupos rebeldes, liderados por Laurent Nkunda, e milícias realizam ataques vitimando civis e apoderando-se das suas propriedades», salientou o presidente da SARPCCO.

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De acordo com Sebastian Ndeitunga, em consequência da situação de insegurança que se vive na RDCongo, a polícia congolesa pediu o apoio internacional e dos países membros da SARPCCO, da qual Angola faz parte, para se encontrar uma solução para o conflito.

Sebastian Ndeitunga deslocou-se a Angola para constatar o grau de implementação das resoluções da última reunião do organismo que dirige, especialmente no âmbito da organização das polícias da região.

A SARPOCCO foi criada em Agosto de 1995, integrando as polícias da África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zimbabué e Zâmbia, tendo a República Democrática do Congo como membro observador.

Um porta-voz de Laurent NKunda rejeitou o envio para a RDCongo de forças internacionais de manutenção da paz afirmando não ser necessário «impor a paz» no país.

«Avaliar a situação»

A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) manifestou domingo disponibilidade para enviar tropas para conter o conflito armado que se reacendeu na RDCongo onde a província de Kivu Norte, próxima do Ruanda, Burundi e Uganda, é palco de confrontos entre o exército congolês, tropas sublevadas, rebeldes hutus refugiados na região depois de cometerem o genocídio de Ruanda em 1994, e rebeldes tutsis, etnia vítima da matança e que se armou, alegando sentir-se ameaçada.

Os chefes de Estado e membros dos Governos dos 15 Estados-membros da SADC reuniram-se em Sandton, Joanesburgo, para debater o conflito na RD Congo e a crise política no Zimbabué.

Para já, a SADC vai enviar uma equipa de peritos regionais que têm como missão «avaliar a situação», mas ainda não decidiu se os militares intervirão sob mandado da ONU.
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