Vaticano lembra que crucifixos não são «sinal de divisão» - TVI

Vaticano lembra que crucifixos não são «sinal de divisão»

Canonização de Nuno Álvares Pereira

Director da sala de imprensa da Santa Sé, Federico Lombardi, comenta a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

O porta-voz do Vaticano revelou a posição oficial da Igreja Católica sobre a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que define a presença do crucifixo nas escolas como uma violação da liberdade religiosa dos alunos e como contrária ao direito dos pais em educarem os filhos segundo as suas convicções.

O director da sala de imprensa da Santa Sé, Federico Lombardi, diz que esta sentença foi recebida no Vaticano com choque e tristeza, mas também «surpresa e pesar». No entender da Santa Sé, o crucifixo foi desde sempre um sinal de unidade aceite por toda a humanidade.

O Vaticano conclui que esta polémica não deve fazer do crucifixo um símbolo de divisão, exclusão ou limite da liberdade religiosa. «O crucifixo sempre foi um sinal de oferta de amor de Deus e de união e acolhimento para toda a humanidade. É uma pena que seja considerado como um sinal de divisão, de exclusão ou de limitação da liberdade. Não é isso e não o é para o sentimento comum da nossa gente».

«Surpreende que um tribunal europeu intervenha com tanto peso numa matéria tão profundamente ligada à identidade histórica, cultural e espiritual do povo italiano», frisou.

A Itália vai recorrer da sentença proferida pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos contra a exposição de crucifixos em escolas, segundo informou o juiz Nicola Lettieri.
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