EUA: político envolvido em escândalo sexual

O presidente da Câmara democrata de Detroit foi formalmente acusado de perjúrio num escândalo sexual com a ex-chefe de gabinete e por ter afastado um polícia que investigava uma noite de strip-tease na sua sala de trabalho.

Kwame Kilpatrick e a sua antiga chefe de gabinete foram formalmente acusados de perjúrio e obstrução à justiça e o autarca foi também indiciado por má conduta no âmbito das suas funções por ter aceitado um acordo de mais de oito milhões de dólares com os três policiais a fim de evitar um processo.

O presidente da Câmara de Detroit foi acusado depois de ter ordenado repentinamente à autarquia a resolução de um processo judicial que envolvia três policiais. Estes diziam ter sido despedidos quando investigavam o comportamento do eleito e do seu serviço de segurança.

Os três agentes, que receberam 8,4 milhões de dólares, afirmaram que o despedimento teve a ver com a investigação que conduziram a rumores de que a mulher do autarca interrompera uma sessão de strip-tease há seis anos no gabinete do eleito.

O autarca é também acusado de ter mentido sobre a ligação amorosa que manteve com a sua antiga chefe de gabinete, Christine Beatty, e de estar implicado no afastamento do chefe adjunto da polícia Gary Brown.

«Não era uma investigação focada numa mentira ligada a um caso sexual», afirmou Kym Worthy, responsável do Ministério Público do condado de Wayne. «A nossa investigação mostrou que foram utilizados dinheiros públicos, o sistema judicial foi gravemente ridicularizado e a confiança da população espezinhada», salientou.

O autarca de Detroit clamou a sua inocência durante uma conferência de imprensa e declarou-se «impaciente em ser totalmente inocentado».

O caso de Kilpatrick é um dos vários exemplos de escândalos sexuais que mancharam os políticos norte-americanos nas últimas semanas.