Multa de 46 milhões por discriminação

Um juiz federal aprovou uma indemnização de 46 milhões de dólares num processo intentado por mais de duas mil mulheres que alegavam discriminação de género pelo seu empregador, o banco de investimento Morgan Stanley, revelou esta quinta-feira um advogado, escreve a Lusa.

Seis mulheres processaram o Morgan Stanley, acusando a instituição de discriminar as conselheiras financeiras e as estagiárias nos salários, promoções, transferências e outras áreas.

O processo foi alargado para incluir cerca de três mil mulheres que trabalharam naquele banco entre 5 de Agosto de 2003 a 30 de Junho de 2007.

No âmbito do acordado com o juiz, a empresa vai instituir um número de programas «destinados a promover os bons resultados das mulheres que exercem o cargo de conselheiro financeiro no Morgan Stanley», disse James Wiggins, um porta-voz da empresa.

Os 46 milhões serão divididos entre as queixosas e para pagar aos advogados. Morgan Stanley gastará também 7.5 milhões de dólares em programas de treino e outros.

A queixa-crime segue-se a uma investigação feita pelas Mulheres no Projecto de Wall Street, que foi formado em Abril de 2004 pelo Conselho Nacional das Organizações de Mulheres e pela firma de advogados Mehri & Skalet PLLC.

O acordo foi alcançado em Abril e recebeu a aprovação preliminar do juiz do Tribunal Distrital em Julho.

O juiz irá aprovar formalmente o acordo a 24 de Outubro depois de expirar um prazo de 90 dias durante o qual as autoridades federais e do Estado podem pôr objecções aos termos do acordo, disse Steven Sprenger, um advogado das queixosas.