Quase 10 mil uigures envolvidos em distúrbios na região de Xinjiang, no noroeste da China, desapareceram numa só noite de repressão. Quem o afirma é a uigur exilada Rebiya Kadeer, que fez estas declarações no Japão. O governo chinês já lamentou que o Japão tenha recebido uma representante dos uigures, noticia a agência Reuters.
O governo de Pequim convocou o embaixador japonês para manifestar a «forte insatisfação» e para «exigir que o governo japonês tome uma acção efectiva para impedir actividades separatistas anti-China no Japão».
Estas declarações remontam aos confrontos que começaram a 5 de Julho, quando os uigures atacaram membros da etnia han, a principal da China, em Urumqi, a capital regional. Estes incidentes foram motivados por uma reacção a uma acção policial contra manifestantes que protestavam contra o assassinato de operários uigures numa fábrica do sul da China.
Na semana passada, os membros da etnia han começaram a realizar ataques para se vingar.
«Perto de 10.000 pessoas desapareceram numa noite em Urumqi. Para onde foram? Se estão mortas, onde estão?», interrogou Rebiya Kadeer.
A líder dos uigures pediu à comunidade internacional que envie uma equipa independente de investigadores a Urumqi para apurar o que aconteceu.
Recorde-se que nos confrontos, segundo números oficiais, morreram 197 pessoas, a maioria chineses da etnia han. Mais de mil pessoas foram detidas após os distúrbios e outras duzentas foram presas nos últimos dias, sendo que não houve acusações formais contra nenhuma delas.
O governo chinês acusa Kadeer, exilada em Washington, de promover distúrbios e espalhar boatos.
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Líder uigur denuncia desaparecimento de dez mil pessoas
- Redação
- RS
- 29 jul 2009, 15:12
![Confrontos em Urumqi (China)](https://img.iol.pt/image/id/13148131/1024.jpg)
China: Rebiya Kadeer diz que muitos desapareceram numa só noite de confrontos
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