Milícias pró-russas acusam forças ucranianas de matar 15 civis - TVI

Milícias pró-russas acusam forças ucranianas de matar 15 civis

Ucrânia

Comando das milícias separatistas pró-russas informa ainda que 60 pessoas ficaram feridas

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Pelo menos 15 civis morreram e cerca de 60 foram feridos por disparos de morteiro ucranianos na cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia, informou hoje um comando das milícias separatistas pró-russas que atuam na região.

«Ontem [sexta-feira] às seis da tarde [16:00 de Lisboa], a estação de autocarros [de Lugansk] foi atacada com fogo de morteiros por militares ucranianos», disse um porta-voz do comando militar dos rebeldes, citado pela agência russa Interfax.

Acrescentou que no bombardeamento «morreram 15 habitantes pacíficos e cerca de 60 ficaram feridos».

Lugansk, com cerca de 400.000 habitantes antes do rebentar do conflito armado, é a segunda cidade mais importante da região, depois de Donetsk, que se encontra sob controlo das milícias pró-russas.

A Ucrânia declarou que continuará a sua ofensiva contra os separatistas pró-russos apesar da crise provocada pela demissão do primeiro-ministro, Arseni Yatseniuk, e das dificuldades para financiar a campanha militar.

«Os militares ucranianos não vão parar por causa do que aconteceu no Governo e no parlamento e a operação para liquidar os terroristas no leste da Ucrânia vai continuar», assegurou sexta-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko.

O parlamento ucraniano vai reunir-se quinta-feira numa sessão extraordinária para analisar a demissão do primeiro-ministro e aprovar a deslocação ao leste da Ucrânia de uma missão internacional no quadro da investigação à queda do avião da Malaysia Airlines.

A sessão sobre a investigação à queda do Boeing 777, abatido por um míssil na zona controlada pelos separatistas pró-russos, decorrerá à porta fechada e os deputados deverão ratificar os acordos sobre o envio da missão internacional estabelecidos entre a Ucrânia e a Holanda e a Austrália, que perderam, respetivamente, 193 e 28 dos seus cidadãos no desastre.

Os rebeldes não reagiram ainda oficialmente ao envio da missão, mas têm-se mostrado reticentes a uma presença massiva de estrangeiros no local dos destroços.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbot, disse hoje que uma semana após a queda do avião ainda existem corpos por recuperar.

«Há corpos que permanecem na zona e a presença de restos mortais por recuperar torna ainda mais importante o envio de uma equipa internacional para o local», disse Abbot, sublinhando que se trata de uma missão humanitária.

Abbott enviou 190 polícias australianos para a Holanda, além de um número reduzido de forças de defesa australianas para participar na operação holandesa para preservar o local.
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