«Radiante e assustado», foi como o escritor chinês Mo Yan reagiu hoje ao anúncio de atribuição do Nobel da Literatura 2012, disse o secretário permanente da Academia Sueca, Peter Englund.
O porta-voz da Academia Sueca explicou que Mo Yan fora contactado antes do anúncio do laureado, hoje às 12:00, hora de Lisboa.
«Ele disse que estava radiante e assustado», afirmou Englund, citado pela agência Associated Press.
Mo Yan, 57 anos, tem apenas uma obra traduzida e editada em Portugal, intitulada «Peito grande, ancas largas», atualmente esgotada.
De entre as obras do autor, a Academia Sueca destacou «Red Sorghum» (1987), «The Garlic Ballads» e «Peito grande, ancas largas».
«Ele escreveu onze romances e cerca de uma centena de contos. Se quiser perceber a escrita e ter uma perceção da profundidade moral dele eu recomendaria The Garlic Ballads», sugeriu Peter Englund.
«Com um realismo alucinatório, [Mo Yan] funde contos populares, história e o contemporâneo», justificou a Academia Sueca, no anúncio do laureado.
A Academia explicou ainda que, «com uma mistura de fantasia e realidade, perspetivas históricas e sociais», Mo Yan criou um universo que «faz lembrar a complexidade da escrita de William Faulkner e Gabriel Garcia Márquez, ao mesmo tempo que procura um ponto de partida na literatura chinesa antiga
e na tradição oral».
Mo Yan, pseudónimo literário do escritor Guan Moye, publicou a sua primeira obra literária no início da década de 1980.
Trata-se de um dos escritores chineses contemporâneos mais publicados fora da China, nomeadamente no Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.
Um dos seus romances, «Red Sorghum» («O Sorgo Vermelho»), foi adaptado para cinema por Zhang Yimou e venceu em 1988 o Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Nobel da Literatura «radiante e assustado»
- tvi24
- 11 out 2012, 14:38
Mo Yan reagiu assim ao prémio anunciado esta quinta-feira
Relacionados
Continue a ler esta notícia