Boston: FBI investigou um dos suspeitos em 2011 - TVI

Boston: FBI investigou um dos suspeitos em 2011

Rússia terá denunciado Tamerlan Tsarnaev por ligaçãos ao Islão radical

O FBI informou na sexta-feira que os seus agentes interrogaram em 2011 um dos dois suspeitos do atentado ocorrido durante a Maratona de Boston na segunda-feira a pedido da Rússia.

A denúncia falava em possíveis ligações extremistas, dizendo que era «um seguidor do Islão radical» e que planeava juntar-se a um grupo do submundo radical. Durante a investigação a Tamerlan Tsarnaev, que foi morto durante a madrugada de quinta para sexta-feira, não foi encontrada qualquer «informação depreciativa» ou ligação terrorista, disse um funcionário do FBI, citado pela agência AFP.

Registos de viagens confirmam que Tamerlan viajou para a Rússia em janeiro de 2012 e regressou aos Estados Unidos seis meses depois. A Rússia já tinha identificado mudança de comportamento de Tsarnev em 2010.

O homem de 26 anos foi morto num tiroteio com a polícia na madrugada de quinta para sexta-feira, depois de uma troca de tiros anterior que causou a morte a um polícia.

A polícia de Watertown, nos subúrbios de Boston, informou que o irmão mais novo de Tsarnaev, Dzhokhar, de 19 anos, foi detido esta noite. Os irmãos de origem chechena são os principais suspeitos do atentado de segunda-feira que causou três mortos e cerca de 180 feridos.

A mãe dos suspeitos acredita que os filhos estão inocentes. Subedait Zarnayeva diz mesmo que foram alvo de uma trama. Confirma que Tamerlan começou a interessar-se pelo Islão há cinco anos, «mas nunca disse que ia seguir o caminho da jihad». «Em nossa casa nunca se falou em terrorismo», disse a mulher ao canal estatal russo. Admitiu, também, que o seu filho mais velho esteve debaixo de vigilância do FBI há cinco anos. «Sabiam o que o meu filho estava a fazer, sabia que sites visitava», acrescentou.

Entretanto, o pai dos dois suspeitos espera viajar para os Estados Unidos, onde vai reclamar justiça. Anzor Tsarnaev, residente na república do Daguestão, reafirma que os seus filhos não são criminosos, mas vítimas de «provocação».

Diz-se preparado para recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos num esforço de procurar a verdade no caso, disse à agência RIA Novosti. Contou, ainda, que falou com os filhos após os atentados e um deles disse-lhe que estava tudo bem e nenhum deles tinha ficado ferido.
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