Chile: governo quer impedir «suicídio colectivo» em Chaitén - TVI

Chile: governo quer impedir «suicídio colectivo» em Chaitén

Vulcão Chaitén no Chile

Cerca de 50 pessoas recusam deixar povoação no sopé do vulcão

O governo chileno mostrou-se decidido a impedir um «suicídio colectivo» de meia centena de pessoas, 17 delas crianças, decididas a permanecer numa povoação situada no sopé do vulcão Chaitén, que se reactivou quinta-feira com explosões, vibrações e cinza.

De acordo com a agência Efe, o executivo do Chile qualificou a zona de «alto risco» devido à nova actividade vulcânica desta semana e ao risco de um rio próximo saltar das margens devido às intensas chuvas.

O vulcão registou duas explosões acompanhadas de vibrações, intenso ruído subterrâneo e uma coluna de fumo e cinzas, o que forçou as autoridades a retirar 250 habitantes que tinham regressado à povoação, dos 4 mil que foram obrigados a deixar as suas casas em Maio de 2008, quando esta foi arrasada por uma erupção do Chaitén depois de milhares de anos inactivo.

Contudo, mais de 40 pessoas resistem a abandonar a povoação, situada a cerca de dez quilómetros do vulcão e a cerca de 1.200 quilómetros a sul de Santiago.

O ministro porta-voz do Governo, Francisco Vidal, afirma que o Executivo não vai permitir que «haja gente que se queira suicidar colectivamente.

O subsecretário do Interior, Patricio Rosende, anunciou que está em estudo a aprovação de medidas legais para forçar a transferência dos habitantes para uma zona segura, e advertiu: «Se for necessário tirá-los à força face à eventualidade de um evento maior, o governo não vai deixar de o fazer».

O governo chileno já anunciou que interporá recurso para retirar as crianças que permanecem em Chaitén, devido à recusa das suas famílias em abandonarem a zona.
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