40 voluntários arriscam a vida pelas baleias - TVI

40 voluntários arriscam a vida pelas baleias

Antártica

«O nosso objectivo é ir lá e «afundar» a frota japonesa do ponto de vista económico», afirma Paul Watson

Relacionados
Entre Dezembro e Março, quarenta voluntários de todo o mundo vão «arriscar a vida» numa campanha da Sea Shepherd Conservation Society (SSCS), organização ecologista que quer impedir a caça às baleias no Antárctico.

Segundo a Lusa, Paul Watson, fundador da SSCS, divulgou a iniciativa esta quarta-feira à margem da 61ª reunião plenária da Comissão Baleeira Internacional que decorre no Funchal até sexta-feira.

«O nosso objectivo é ir lá e «afundar» a frota japonesa do ponto de vista económico», adiantou Paul Watson, realçando que as acções, promovidas por esta organização, visam pôr os baleeiros nipónicos «fora do negócio».

«Nos três últimos anos os japoneses não tiveram lucros nesta actividade e a SSCS quer garantir que este prejuízo se mantém nos próximos anos, pois é a única linguagem que toda a gente entende: a perda de lucros», salientou o fundador da SSCS, acrescentando que a meta este ano é evitar a morte de 305 baleias nos mares do sul, pelas frotas do Japão.

Earthrace «bloqueia arpões»

Paul Watson adiantou que a campanha decorrerá entre Dezembro e Março, com cerca de 40 voluntários de todo o mundo dispostos a «arriscar a vida». A iniciativa conta ainda com duas embarcações, sendo que uma delas, o Earthrace, permite «bloquear arpões».

«Vamos operar em desvantagem porque os japoneses querem matar-nos. Temos provas. Se nos matarem os seus governos vão arranjar justificação, pelo que temos de utilizar tácticas eficazes e divertidas», revela Watson, acrescentando que a «campanha será perigosa (...) porque os governos do mundo não estão a actuar à altura da responsabilidade que têm».

A campanha «Waltzing Mathilda» tem como centro um «canguru pirata», numa homenagem à posição da Austrália em defesa da preservação das baleias.
Continue a ler esta notícia

Relacionados