JMP admite abdicar da Metro do Porto

A direcção da Junta Metropolitana do Porto (JMP) admite perder o controlo accionista da empresa Metro do Porto em troca da garantia de investimento na expansão da rede, disse à Lusa fonte da estrutura.

A fonte acrescentou que a questão deverá ser aprofundada no plenário da JMP, onde têm assento 14 presidentes de câmara, ainda sem data marcada.

O presidente da Junta Metropolitana do Porto, o social- democrata Rui Rio, tem-se pronunciado quase sempre contra a centralização da gestão do metro.

«Não há necessidade de tudo ser gerido a partir de Lisboa», argumentou o autarca social-democrata da Câmara do Porto, no último dia de Janeiro, depois de um encontro, em Lisboa, com o presidente do Tribunal de Contas (TC).

Mas, numa entrevista concedida dois dias antes ao Rádio Clube Português, Rui Rio considerou «secundário» saber se a maioria do capital da Metro do Porto se mantém na JMP ou se passa para o Estado.

«Tudo depende das garantias que o Governo der quanto à expansão da rede de metro», sustentou a fonte da JMP hoje questionada pela agência Lusa.

A direcção da Junta Metropolitana do Porto reuniu-se quinta-feira com o ministro das Obras Públicas, tendo Mário Lino defendido a alteração do modelo societário da Metro do Porto e uma profissionalização da gestão da empresa.

No entanto, e de acordo com a fonte contactada pela Lusa, o ministro «ficou aberto a propostas alternativas, nada dando por consumado».

Na reunião, Mário Lino defendeu também uma redução dos membros do conselho de administração da empresa Metro do Porto, actualmente sete.