Um tribunal da Líbia condenou hoje à pena de morte cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestiniano acusados de terem deliberadamente inoculado o vírus da sida em crianças líbias, noticia a Lusa.
Na sala do tribunal de Tripoli, os acusados choraram ao ouvir o veredicto.
No exterior, as famílias das crianças doentes ou mortas com sida acolheram a sentença com alegria.
O veredicto era aguardado pela comunidade internacional, nomeadamente pela União Europeia que exigiu a libertação dos acusados, que considera inocentes.
O comissário da Justiça Europeu, Franco Frattini, apelou para que a Líbia revogue a condenação à morte, considerando que representa «um obstáculo à cooperação com a União Europeia».
Os seis acusados, detidos há sete anos, foram condenados à morte em Maio de 2004, mas o Supremo Tribunal líbio ordenou a realização de novo julgamento, que começou em Maio deste ano.
Na audiência de 31 de Outubro, a defesa afirmou que os acusados foram sujeitos a torturas.
O advogado das enfermeiras búlgaras, Othmane al-Bizanti, denunciou igualmente que as confissões das suas constituintes foram arrancadas sob tortura e que as suas clientes estão inocentes.
Os acusados, encarcerados desde 1999, são acusados de ter inoculado voluntariamente o vírus da sida em 426 crianças líbias, 52 dos quais morreram, entre elas uma menina de nove anos que pereceu em 24 de Outubro último.
Líbia: enfermeiras e médico condenados à morte
- Portugal Diário
- 19 dez 2006, 10:51
Cinco búlgaras e um palestiniano acusados de contaminarem crianças com HIV
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