Biden e McCarthy sem acordo sobre teto da dívida dos EUA - TVI

Biden e McCarthy sem acordo sobre teto da dívida dos EUA

  • Agência Lusa
  • MJC
  • 23 mai 2023, 07:32
O líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, encontrou-se o presidente Joe Biden (AP)

Os Estados Unidos nunca entraram em incumprimento da dívida mas isso pode acontecer já a 1 de junho

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O Presidente dos Estados Unidos e o líder da Câmara dos Representantes mantiveram uma "reunião produtiva" para tentar aumentar o teto da dívida, mas não chegaram a acordo.

"Acho que o tom desta noite foi melhor do que em qualquer outra altura (...) Sinto que foi produtivo", disse o republicano Kevin McCarthy à saída da Casa Branca, na segunda-feira.

Ainda assim, McCarthy criticou as propostas democratas por implicarem o aumento da despesa pública e afirmou que os Estados Unidos "têm um problema de despesa".

No entanto, o conservador disse que provavelmente vai manter conversações com Joe Biden todos os dias até que o impasse da dívida seja resolvido.

Por seu lado, Biden sublinhou que ambos excluíram a possibilidade de uma suspensão dos pagamentos e que a única forma de avançar é "um acordo bipartidário", indicou a Casa Branca, em comunicado.

"Embora haja áreas em que discordamos (...) vamos continuar a discutir como avançar", disse o democrata.

As conversações de segunda-feira são as últimas de uma série de reuniões de última hora entre os representantes máximos dos dois maiores partidos e o Governo para tentar aprovar um aumento do teto da dívida antes que o país entre em incumprimento.

O Departamento do Tesouro estimou que esta situação sem precedentes poderá ocorrer já a 1 de junho se o Congresso não conseguir chegar a um acordo antes dessa data.

Os Estados Unidos nunca entraram em incumprimento da dívida, mas de vez em quando surge a possibilidade porque, ao contrário de outras nações, o poder executivo só pode emitir dívida até ao limite estabelecido pelo Congresso, que tem o poder de suspender o teto se assim o entender.

Biden decidiu suspender uma viagem à Austrália e à Nova Zelândia, depois da cimeira do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) no Japão, para regressar mais cedo a Washington e prosseguir as negociações.

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