Ladrões batem com nariz na porta

Quatro assaltantes falharam na sexta-feira o assalto que se preparavam para fazer a um banco em Biscaínho, nos arredores de Coruche. É que chegaram atrasados. Quando tentaram entrar no banco, as portas estavam fechadas. A dependência bancária tinha fechado o dia de trabalho há poucos minutos.

Mesmo com as portas da dependência fechadas, os ladrões ainda tentaram a sua sorte, disparando 12 tiros de pistola-metralhadora Uzi contra a porta principal. Acabaram por fugir, sem conseguir roubar nada, conta o Correio da Manhã.

Antes de consumar a tentativa de assalto à Caixa Agrícola, os quatro suspeitos, que se faziam transportar num Fiat Uno, rondaram os arredores do banco. Um deles chegou mesmo a entrar no banco e tentou levantar dinheiro com um passaporte, mas não teve êxito.

As autoridades suspeitam que os gatunos ficaram «interessados» no banco depois de este indivíduo ter visto um cliente a depositar 25 mil euros em notas.

Cerca de dez minutos após o «falso cliente» ter abandonado a dependência bancária, um Fiat Uno preto estacionou nas imediações. Quatro homens estavam no interior da viatura, mas apenas um saiu para o exterior, tapando o rosto com um capuz.

A correr, o homem dirigiu-se à porta principal da Caixa Agrícola de Coruche. Só que, para seu espanto, esta tinha acabado de fechar as portas.

Numa tentativa desesperada de conseguir consumar o assalto, o assaltante, que entretanto já tinha a companhia de dois outros ladrões, sacou de uma pistola-metralhadora Uzi e disparou uma saraivada de 12 tiros contra a porta da Caixa Agrícola. No interior estavam ainda dois funcionários, que correram a procurar abrigo.

A porta, à prova de bala, aguentou o embate, impedindo a entrada dos assaltantes. No entanto, quatro balas conseguiram furar o vidro, mas não feriram ninguém.

Percebendo que o assalto já não seria possível, os quatro homens voltaram para o Fiat Uno e fugiram a alta velocidade.

A viatura viria a ser encontrada pela GNR, horas depois, em Santo Estêvão, perto de Benavente.

A PJ de Lisboa tomou conta das investigações, esperando-se para breve detenções.