Exames correram mal aos alunos - TVI

Exames correram mal aos alunos

  • Marta Ferreira
  • 21 out 2006, 01:00
Alunos durante o exame nacional

Alunos têm melhores notas dadas pelas escolas do que nas provas. Nas privadas, a diferença é maior

Um fenómeno a que todos os anos se assiste é a discrepância entre as notas atribuídas aos alunos pelas escolas no final do ano lectivo e a classificação que obtêm nos exames nacionais. Este ano, quatro das cinco escolas com maior discrepância são privadas, ao contrário do que aconteceu em 2005.

Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Educação, analisados pela agência Lusa, a avaliação contínua dada pelos professores, em alguns casos, ultrapassa mesmo em mais de seis valores o resultado que os alunos alcançam nas provas.

Todas as 600 escolas, excepto duas, atribuem aos seus alunos classificações mais elevadas no final do ano lectivo do que a nota que os estudantes obtêm nos exames.

O caso mais manifesto de discrepância é o do Colégio Nossa Senhora da Esperança, no Porto, em que a classificação interna de frequência é de 14,8 valores, enquanto a média de exame ficou pelos oito valores, o que significa uma diferença de 6,7 valores.

O PortugalDiário tentou contactar este colégio, tal como os outros estabelecimentos de ensino que o seguem na lista de escolas com maior discrepância, mas apenas conseguiu uma resposta do Externato Carvalho Araújo, em Braga, que ocupa o quarto lugar, com uma diferença entre os 14,8 de média de notas de frequência e os 8,8 valores de média nos exames nacionais.

«Muito poucos alunos do externato fizeram exames. A amostra é muito pequena para se tirar conclusões, não é significativa», disse ao PortugalDiário Rosa Araújo, directora pedagógica do colégio, que não quis avançar com mais possíveis explicações para o fenómeno.
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