Bolsas no vermelho com pessimismo europeu

Se onde a bolsa esteve a negociar a meio gás, hoje há praticamente o mesmo número de acções transaccionadas num dia feriado e em que muitos investidores estiveram ausentes.

O PSI20 perdeu 1,26% para os 8.231,77 pontos, com 34 milhões de títulos transaccionados.

Mais uma vez foi o BCP que registou maior volume de negociação, foram trocados de mãos cerca 18 milhões de títulos e o banco teve a maior descida do dia ao perder 3,10% para os 0,84 euros.

Em geral, todo o sector da banca ficou em destaque no vermelho uma vez que o BES e o BPI recuaram mais de 1%.

Ainda pesos pesados Portugal Telecom e EDP caíram 1,40% para os 8,40 euros e 0,51% para os 3,07 euros. Também a Sonae, com quase 2 milhões de acções transaccionadas, recuou 1,55% para os 0,88 euros.

No verdes, apenas dois títulos: a REN e a Cimpor que somaram 0,06% para os 2,97 euros e 1,17% para os 5,15 euros, respectivamente. A cimenteira continua a beneficiar de rumores sobre a eventual entrada de um novo accionista - no caso, brasileiro - no seu capital.

Na Europa, os mercados ainda estiveram a digerir as declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana, Ben Bernanke, que disse ontem que a recuperação da economia de Estados Unidos continua frágil e que o desemprego pode continuar em níveis elevados durante algum tempo.

Além disso, os dados de produção publicados no Reino Unido e Alemanha também desmotivaram os investidores. As quedas ficaram entre 1,5 e 2%.

Por fim, nos EUA, o mercado aguardava com expectativa novas medidas de estímulo económico e abriu assim em baixa. Entretanto, foram conhecidas já algumas «cartas» que o presidente dos EUA tem «na manga». As medidas de Barack Obama pretendem sobretudo incentivar a criação de emprego e ajudar os pequenos negócios, nomeadamente com redução de impostos.

Ainda assim o pessimismo europeu e as notícias negativas para empresas continuam a assombrar os mercados que se mantêm no vermelho.