Petróleo cai com receio de que preços não subam com menos produção

Os preços do petróleo inverteram a tendência de ganhos e seguem, neste momento, a desvalorizar nos mercados internacionais.

O «ouro negro» recua com a especulação de que o corte de produção, previsto para quarta-feira, não seja suficiente para travar a queda dos preços.

A matéria-prima esteve a avançar depois de a Venezuela e do Irão terem defendido a necessidade de um corte de dois milhões de barris na produção diária de petróleo por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Este corte surge para reanimar os preços da matéria-prima, numa altura em que a procura recua.

Segundo afirmou esta terça-feira o ministro do petróleo venezuelano, citado pela «Bloomberg», «temos que tomar uma decisão muito forte».

«O que é importante é que há consenso para cortar e que temos que fazer um grande corte», esclareceu.

Recorde-se que na segunda-feira, o cartel pediu à Rússia um corte na sua produção de forma a impulsionar o preço da matéria-prima.

A OPEP quer os preços a rondarem os 70 dólares por barril.

Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) estimam a procura de petróleo a nível mundial vai cair, este ano, pela primeira vez desde 1983.

Neste momento, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações portuguesas, está a cair 17 cêntimos e cada barril custa 46,97 dólares.

No mercado nova-iorquino, o crude de referência cede 27 cêntimos para 44,24 dólares por barril.