Jornal de Sexta: «Afirmações de Sócrates são inadequadas» - TVI

Jornal de Sexta: «Afirmações de Sócrates são inadequadas»

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José Carlos Castro está a ser ouvido na ERC

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O subdirector de Informação da TVI, José Carlos Castro, que está a ser ouvido no organismo regulador dos media, considera que as afirmações públicas do primeiro-ministro em relação ao Jornal de Sexta, suspenso em Setembro, foram «inadequadas».

«São considerações inadequadas para um primeiro-ministro», disse José Carlos Castro citado pela Lusa à entrada para uma audição na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

José Carlos Castro foi chamado pelo organismo regulador no âmbito da investigação aberta depois de a administração da Media Capital ter suspendido, em Setembro, o Jornal de Sexta da TVI, numa altura em que estava preparada a divulgação de novos dados sobre o caso Freeport.

«O que considerei pressão foram as pressões públicas do primeiro-ministro», frisou José Carlos Castro, acrescentando que «os jornalistas vivem sempre sobre pressão».

O subdirector ressalvou, ainda, que na altura não fazia parte da direcção de Informação do canal, pelo que não tem conhecimento directo da eventual influência do primeiro-ministro na suspensão do Jornal apresentado por Manuela Moura Guedes.

O caso levou a direcção de informação do canal a demitir-se enquanto a redacção considerou a questão um «atentado à liberdade de imprensa» e José Eduardo Moniz, já fora da estação, afirmou tratar-se de um «escândalo».

José Carlos Castro afirmou ainda que o regresso de Manuela Moura Guedes aos ecrãs da TVI é uma questão que «não se coloca enquanto ela não voltar» [a jornalista está de baixa], «mas quando regressar a questão será analisada com a atenção devida e necessária».

No âmbito do processo aberto pela ERC relativamente à suspensão do Jornal de Sexta já foram ouvidos Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz, o director-adjunto de informação Mário Moura [o único que se manteve na direcção na Informação] e o ex-director de informação João Maia Abreu.
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