Em que compensa mais investir: acções ou obrigações? - TVI

Em que compensa mais investir: acções ou obrigações?

bolsa

Ser «patrão» e «empregado» ao mesmo tempo

Relacionados
Parece consensual a ideia de que tende a ser mais proveitoso ser «patrão» (deter acções) do que «empregado» (deter obrigações). Se por um lado, o dono da empresa recebe os lucros, por outro, o empregado recebe uma remuneração fixa pelo seu trabalho e corre menos riscos, embora dificilmente consiga acumular riqueza. Desta forma, o ActivoBank7 recomenda a combinação de ambos os produtos. Perceba porquê.

Se sempre desejou aumentar o retorno das suas aplicações, montando um negócio próprio ou investindo em negócios geridos por outros (comprando acções), mas se sente intimidado com os riscos inerentes a ser dono de uma empresa, a solução poderá passar por ser «patrão» em part-time, mas não abandonando a segurança de ser «empregado».

«A diversificação de investimentos, em especial se forem pouco correlacionados entre si, e tiverem um potencial diferente de perdas e ganhos, tende a minimizar o risco de perdas significativas, melhorando a longo prazo o potencial de retornos. E pode ser tão simples de concretizar quanto combinar o investimento em acções e obrigações em partes iguais», aconselha o banco de investimento.

Ser accionista, participar no capital de uma empresa, implica estar dependente da capacidade das empresas de que se é «patrão» de gerarem mais lucros. «Afinal de contas, são os resultados obtidos que permitem a sua remuneração. Infelizmente, mesmo que o negócio seja bem gerido, a obtenção de lucros pode variar de forma significativa ao longo do tempo e está dependente dos ciclos económicos. Para agravar a situação, o valor de cada empresa no mercado accionista varia ainda mais do que os seus resultados», refere.

A outra alternativa principal para investir no mercado financeiro traduz-se no empréstimo de dinheiro: é o caso dos depósitos e das obrigações. O risco é menor, mas em contrapartida a possibilidade de obtenção de ganhos é também mais limitada.

Risco é inferir se devedor for entidade governamental

Os principais riscos de investir no mercado de obrigações prendem-se com a variação das taxas de juro e com o risco de crédito, que consiste na possibilidade de não serem pagos os «ordenados», ou mesmo uma parte ou a totalidade do capital em dívida.

Note-se que o risco de crédito é substancialmente inferior se o devedor for uma entidade governamental de um país desenvolvido. Em contrapartida, tal como as remunerações no sector privado da economia tendem a ser um pouco mais elevadas, também as obrigações emitidas por entidades privadas tendem a proporcionar um rendimento superior, que procura compensar o risco acrescido.

A conjugação de acções e obrigações numa carteira de investimentos tende a ter um efeito poderoso, realça o ActivoBank7. Ao mesmo tempo que pode melhorar de forma significativa o potencial de ganhos, face a uma estratégia mais conservadora, não agrava de forma considerável, em condições normais, os riscos assumidos.

«A rendibilidade média anual atingida no mercado de acções foi de 11,35%, significativamente superior à do mercado de obrigações, que registou apenas 4,27%. Em contrapartida, a perda máxima anual no mercado de obrigações foi relativamente moderada (menos 5,02%), enquanto a perda máxima anual no mercado de acções foi mais imprópria para cardíacos (menos 29,94%)», concluem.

Como seria de esperar, a conjugação do investimento em obrigações e em acções, em partes iguais, produziu no período em análise uma rendibilidade média anual (7,31%) que está exactamente a meio entre a rendibilidade das duas classes de activos.

Mais surpreendente e significativo é que a rendibilidade média adicional da carteira conjugada (de 4,27% para 7,81%) foi conseguida com um aumento de risco muito moderado. Com efeito, a perda máxima anual da carteira 50/50 foi de menos 7,31%, ligeiramente acima dos menos 5,02% do mercado de obrigações, mas a uma enorme distância dos menos 29,94% registados no mercado accionista.
Continue a ler esta notícia

Relacionados