O montante é avançado por Ricardo Pinto Nogueira, director de operações na bolsa paulista. Um valor que significa uma diminuição «superior a 50%» na liquidez das subsidiárias. O mesmo avançou, à Reuters, que mesmo que a Brasilcel esteja disposta a adquirir apenas um terço das acções das operadoras móveis que controla, o impacto será maior no mercado accionista.
«O efeito na liquidez da Bovespa será grande, uma vez que quem está efectivamente no mercado vai querer aderir aos leilões», afirmou Nogueira à Reuters.
Esta redução na Bovespa, avalia o mesmo, apenas pode ser compensada através de novas aberturas de capital por empresas locais, nomeadamente por parte da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), de grande dimensão.
«Para recuperarmos a liquidez que vamos perder agora, além da CPFL, precisamos que pelos menos outras duas empresas de pequena dimensão também abram capital», afirmou Ricardo Pinto Nogueira.
Recorde-se que a Portugal Telecom anunciou a Brasilcel irá efectuar uma oferta de compra de acções da Tele Leste Celular, da Tele Sudeste Celular e da Celular CRT Participações. Além disso, a Telesp Celular, também controlada pelo grupo que opera sob a marca Vivo, pretende adquirir acções preferenciais da Tele Centro Oeste (TCO).
A aquisição dos activos das quatro subsidiárias por parte da empresa detentora da Vivo será realizada por meio de leilão, a ter lugar no dia 8 de Outubro. A oferta consiste num prémio de 20% sobre as médias de preços das acções dos últimos 30 dias.
Oferta da empresa da PT no Brasil reduz liquidez em 50% nas subsidiárias
- Sandra Pedro
- 25 ago 2004, 18:41
A bolsa de São Paulo (Bovespa) pode perder cerca de 250 milhões de reais (70 milhões de euros) por mês em negócios devido à operação de oferta pública voluntária que a Brasilcel, joint-venture da Portugal Telecom (PT) e da Telefónica Móviles no negócios móvel no Brasil, sobre as acções das subsidiárias.
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