Tamanho 38 contra a anorexia

As agências de modelos brasileiras anunciaram sexta-feira que exigirão um atestado médico antes de contratar as jovens que sonham em subir às passerelles, depois da morte de uma modelo por complicações resultantes de uma anorexia, escreve a Lusa.

Representantes das principais agências de modelos do país reuniram-se sexta-feira em São Paulo para fixar novas normas de contratação e evitar que a repercussão da morte da modelo Ana Carolina Reston Marcan, de 21 anos, prejudique a imagem da profissão.

Reston Marcan faleceu na passada terça-feira em São Paulo em consequência de problemas derivados da anorexia nervosa.

A jovem, de 1,74 metros, pesava cerca de 40 quilogramas e o seu organismo estava muito debilitado porque a sua dieta alimentar consistia apenas na ingestão de maçãs e tomates para não engordar.

Segundo Eli Hadid, responsável da Agência Mega Model, que convocou a reunião, a decisão de pedir atestados médicos as aspirantes a modelo «é uma prova de boa vontade das agências para resolver um problema social grave».

Hadid acrescentou que isso não significa que vão desaparecer da noite para o dia casos de anorexia entre modelos «porque haverá sempre alguma louca que quererá continuar» com as suas dietas.

Além de Mega Model, participaram na reunião responsáveis das agências como Elite, Marilyn, Ford, MM e LEquipe, com a qual trabalhou ultimamente a modelo falecida.

As agências assinalaram que, além de exigirem atestados médicos e exames de sangue para certificaram o bom estado de saúde das jovens, rejeitarão todas as que se submeterem a regimes alimentares agressivos e ser-lhes-á exigido ter como mínimo o tamanho 38.

Também na sexta-feira, soube-se da morte de uma estudante de moda que, com 21 anos, efectuava um tratamento contra a anorexia.

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