O grupo Real Combo Lisbonense, liderado por João Paulo Feliciano, associa-se aos cem anos da República com um concerto-baile ao ar livre em Lisboa a 4 de Outubro, véspera do feriado, com vários convidados, noticia a agência Lusa.
«A EGEAC convidou-me para organizar uma festa popular no âmbito das comemorações e lembrei-me de fazer um baile da República, com um programa para que as pessoas se sintam participantes, que tenha a ver com elas», disse João Paulo Feliciano à agência Lusa.
O concerto-baile decorrerá junto à Fonte Luminosa, na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, a partir das 21:30 até ao virar do dia, já 5 de Outubro, e terá entrada gratuita.
O programa começará com Pedro Burmester a interpretar um tema «charmoso» - referiu João Paulo Feliciano - intitulado «Brisas de Portugal» e que dará o mote revivalista da noite.
Seguir-se-á a actuação da Banda Sinfónica da GNR e do Real Combo Lisbonense, uma formação de orquestra que surgiu há dois anos com um repertório nostálgico e revivalista da música portuguesa (mas não só) dos anos 1950 e 1960.
Do grupo fazem partes músicos como João Leitão (Irmãos Catita), Sérgio Costa (Quinteto Tati), Ian Mucznik, a cantora Márcia Santos, a actriz Ana Brandão e o designer Mário Feliciano.
A eles juntar-se-ão Vitorino, B Fachada (que tocará um tema do Duo Ouro Negro), Lenita Gentil, para «Quadras em bossa nova», e Jaime Nascimento, guitarrista do antigo Conjunto de Mário Simões, hoje com 90 anos, para o tema «A borracha do Rocha».
O repertório do Real Combo Lisbonense inclui ainda composições de Frederico Valério («O fado é bom pra xuxú!») e de Eugénio Pepe («Pepe fado») ou canções interpretadas pelo Conjunto Shegundo Galarza («Dois estranhos») e com arranjos de Thilo Krassman («Pss, pss, all around Lisbon»).
Depois da meia-noite, o palco será ocupado pelos sambas, salsas e boleros da Orquestra Imperial do Brasil, cujo princípio revivalista do repertório inspirou João Paulo Feliciano a criar o Real Combo Lisbonense.
Da Orquestra Imperial do Brasil, que regressa a Portugal depois de uma passagem em 2009 pela programação da Gulbenkian, fazem parte músicos como Moreno Veloso, Rodrigo Amarante, Kassin, Domenico, o veterano baterista Wilson das Neves e as cantoras Nina Becker e Thalma de Freitas.
Dadas as afinidades, João Paulo Feliciano referiu que é provável que aconteça um encontro em palco entre o Real Combo Lisbonense e a Orquestra Imperial para a interpretação de um tema.
Manuel João Vieira será o mestre-de-cerimónias da noite.
«Podem pensar na República até lá [04 de outubro] ou então no dia seguinte, mas o baile é o momento para envolver as pessoas. Naquele dia [05 de outubro de 1910] as pessoas também festejaram; os problemas vieram depois», disse João Paulo Feliciano.
Depois do baile de 04 de outubro, o Real Combo Lisbonense regressará ao Clube Ferroviário, em Lisboa, para uma temporada de concertos até Janeiro (um por mês) e gravará um novo EP, pela Optimus Discos.
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Cem anos da República assinalado com mega concerto-baile gratuito
- Redação
- 20 set 2010, 10:22
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O concerto-baile decorrerá junto à Fonte Luminosa, na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa,
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