O concerto começa dominado pelo último disco, «No Line on the Horizon», mas os clássicos também não faltam e «Angel of Harlem» foi tocado para homenagear o recentemente falecido rei da pop.
«Fizemos esta [música] para a Billie Holiday, mas hoje vamos tocá-la para Michael Jackson. Talento indescritível - é tudo o que há para dizer», anunciou Bono antes da versão que inclui estrofes dos êxitos do de Jackson «Man in the Mirror» e ««Don`t Stop «Til You Get Enough».
Mas os concertos dos U2 não são só música, como as digressões Zoo TV ou PopMart já eram exemplos marcantes. O grande aparato visual desta 360º Tour que requer 120 camiões de transporte está na torre de 50 metros de altura, o mostro de quatros patas denominado «Claw» no qual o sistema de som está montado.
Um dos momentos altos da tecnologia de ponta que os U2 gostam de exibir em palco foi a ligação áudio que Bono estabeleceu com a Estação Espacial Internacional. O comandante da estação não conseguia ver Barcelona, mas os irlandeses conseguem sempre surpreender quem lhes presta culto em qualquer estádio do mundo.
Na 360º Tour, os U2 actuam num palco circular que permite ver o concerto de qualquer ponto do estádio, o que possibilita também aumentar a lotação baixando preço dos bilhetes. A Reuters estima em 100 milhões de dólares (cerca de 72 milhões de euros) os custos desta digressão, mas também já se avança que o investimento será compensado.
Esta digressão que já tem 31 cidades garantidas entre Europa e América do Norte para um público estimado de três milhões não tem qualquer concerto agendado para Portugal... ainda. Novas datas deverão ser anunciadas em 2010 e pode ser que os U2 voltem pela quinta vez ao nosso país.