Adriana Calcanhotto: «O samba está sempre presente» - TVI

Adriana Calcanhotto: «O samba está sempre presente»

  • João Silva
  • Paulo Sampaio (imagem) e Manuel Lino (edição de imagem)
  • 4 mai 2011, 11:52

Portugal recebe nos próximos dias os únicos concertos oficiais de apresentação do novo disco, «O Micróbio do Samba»

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Com três concertos agendados em Portugal durante este mês, Adriana Calcanhotto traz na bagagem um novo álbum nascido e criado no samba, um estilo musical que tem crescido dentro da cantora brasileira ao longo da sua carreira.

«O samba é uma coisa que tem ficado mais forte e mais explícita. E este disco mostra isso (...), o samba permeia tudo. Ou está nos arranjos, na génese das composições ou em citações nas letras», contou Adriana em entrevista ao IOL Música.

«Ele está sempre presente, de um jeito ou de outro. [O samba] é uma das coisas mais sólidas e importantes na minha formação [musical]», acrescentou.

«O Micróbio do Samba» é composto por 12 novas canções e o seu título foi inspirado no músico gaúcho Lupicínio Rodrigues, que em criança foi expulso de uma escola por constantemente «batucar» sambas durante as aulas.

«Ele dizia com muito orgulho: "Veja que desde pequeno trazia comigo o micróbio do samba. E quanto mais velho eu fico, mais ele se apega a mim e menos quer me abandonar". Quando eu li isso falei: "Temos um disco!"», explicou.

O Centro Cultural de Belém recebe Adriana esta sexta-feira e sábado, enquanto que o concerto na Casa da Música acontece no dia 9 de Maio. Estas serão as únicas apresentações oficiais de «O Micróbio do Samba» uma vez que a cantora está impedida de tocar violão devido a um quisto no tendão do pulso direito.

«[O problema] impossibilita justamente o movimento de tocar violão. Dói para tocar, então eu não o posso fazer. Mas, ao mesmo tempo, não consigo ver o Davi [Moraes] todas as noites a tocar as canções que eu escrevi e gravei no violão. Isso eu não vou aguentar», desabafou a cantora.

Os concertos em Portugal vão incluir os novos temas de «O Micróbio do Samba», mas também «alguns sambas muito importantes» para Adriana: «[São] sambas sem os quais eu nunca teria feito canções e muito menos este disco, [sambas] que conversam muito com este disco».

Apaixonada por Portugal, país que a «inspira e provoca», Adriana Calcanhotto aproveita, sempre que pode, para voltar a visitar os seus locais de eleição. Em Lisboa, a cantora tem já um destino de passagem quase obrigatória.

«Adoro o Oceanário, acho aquilo incrível porque é uma coisa entre o mar físico e os peixes, alguns deles com uma cara de predadores. É uma sensação incrível estar cara a cara com os tubarões. Gosto muito de lá voltar, (...) é um lugar especial.»
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