Katia Guerreiro é madrinha do Festival de Martigues - TVI

Katia Guerreiro é madrinha do Festival de Martigues

A fadista Kátia Guerreiro

Fadista portuguesa volta ao sudoeste de França para actuar no Festival de Danças, Vozes e Músicas do Músicas do Mundo

A fadista Katia Guerreiro vai ser madrinha do Festival de Danças, Vozes e Músicas do Músicas do Mundo de Martigues (Sudoeste de França), que começa quarta-feira e que celebra este ano a sua 20ª edição.

«Este convite foi uma honra, tanto mais que, tendo actuado em Martigues o ano passado, é raro voltar no ano seguinte, ainda mais como madrinha», disse à Lusa Katia Guerreiro, esclarecendo que «à madrinha cabe receber os diferentes músicos convidados, participar em palestras, e, claro, actuar».

A fadista assinalou que, nas suas diferentes actuações no estrangeiro, procura sempre inteirar-se da cultura do país, conhecer as músicas locais e falar da cultura portuguesa, «principalmente do fado».

Em Martigues, Katia Guerreiro actuará em dois espectáculos no palco principal, o Scène du Canal Saint Sebastien, dia 24, com o Gran Ballet Argentino e a Compañía de Flamenco Ursula López, e dia 27 com os seus músicos.

«O primeiro é um espectáculo de fusão, em que apenas actuo eu, mas para o qual estou muito motivada por serem músicas próximas do fado, tanto o tango como o flamenco», disse a fadista.

No segundo espectáculo, Katia, acompanhada por Paulo Valentim na guitarra portuguesa, José Mário Veiga na viola e Rodrigo Serrão no contrabaixo, interpretará vários fados do seu repertório, e alguns novos, que incluirá no próximo álbum, a sair no Outono.

Relativamente ao Festival de Martigues, a criadora de «Segredos» (Paulo Valentim) salientou «o acolhimento entusiasta e o interesse do público pelo fado».

«O ano passado fizemos algo inédito, decidimos actuar na Igreja de La Madeleine, sem qualquer amplificação. Mudámos a disposição inicial, actuámos no centro da igreja e foi de facto um sucesso», recordou, estimando a audiência em cerca de 800 pessoas.

«Este ano - referiu - actuamos no palco principal ao ar livre. Para os franceses, parecia complicado conseguirmos criar num espaço tão amplo o intimismo que o fado exige, mas é de facto possível».

A fadista, que actuou este mês pela primeira vez na África do Sul, onde nasceu, está a preparar um novo disco de originais e editará em CD o concerto realizado o ano passado no Coliseu do Porto.
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