Ao contrário do primeiro álbum, «Vendaval» foi também misturado nos Black Sheep Studios, em Mem-Martins, pelo vocalista dos If Lucy Fell. A banda quis ter o maior controlo possível sobre o resultado final que chega agora às lojas.
«Quisemos ter mais mão no trabalho. No primeiro disco a mistura ficou ao critério do Chris Common, nos Estados Unidos, e desta vez quisemos ter mais mão em tudo e fazer tudo cá. Tínhamos feito uma pré-produção com o Makoto para o "Vendaval" e ficámos muito contentes com o resultado. Decidimos apostar nele - é bom para nós e é bom para ele», afirmou o baterista Carlos BB.
Mais vocalizações e com a ajuda dos Valient Thorr
O álbum revela a maturidade da banda em estúdio, apresentando uma sonoridade ligeiramente diferente em relação ao primeiro trabalho e canções com mais vocalizações.
«Eu nunca sequer pensei que chegasse onde cheguei, tanto em termos de vocalização como de instrumental», confessou Miguel 'Mike Ghost' Correia, que durante os últimos dois anos tem vindo a habituar-se à posição de frontman da banda.
«Vendaval» inclui alguns convidados especiais, entre eles Apolinário Correia (irmão do vocalista Mike Ghost e vocalista dos Devil in Me) e Valient Himself, dos Valient Thorr.
«Portugal sempre foi um país em crise»
A banda já partiu para a estrada para a promoção de um disco que prova que é possível editar música alternativa em Portugal independentemente de qualquer crise económica.
«As coisas acontecem se as bandas quiserem. São sacrifícios que têm de ser feitos. Se tiveres de meter do teu bolso, vais ter de meter do teu bolso. Se ficares à espera que alguém te vá lançar, é melhor ficares em casa», disse o vocalista dos Men Eater.
Carlos BB adianta mesmo que «Portugal sempre foi um país em crise»: «No aspecto artístico nunca houve apoios estatais, não há salas, não há porcaria nenhuma para poderes promover o teu trabalho. Por isso ainda te dá mais gosto fazeres uma coisa que é tão difícil de fazer em Portugal».
Vê aqui o vídeo da entrevista com os Men Eater: