Pussy Riot: presas por cantar «Virgem, manda o Putin embora» - TVI

Pussy Riot: presas por cantar «Virgem, manda o Putin embora»

Três membros de banda punk russa voltam a receber manifestações de apoio, mas continuam presas

Elas estão presas desde Março, mas não estão esquecidas. São três elementos da banda punk russa Pussy Riot e arriscam sete anos de prisão por uma «performance» que fizeram em Fevereiro na principal igreja ortodoxa de Moscovo, onde entraram a cantar «Virgem Maria, manda o Putin embora».

Agora, mais de 100 personalidades da cultura russas juntaram-se numa carta aberta enviada ao Supremo Tribunal e ao Tribunal de Moscovo, a pedir a sua libertação. «Não acreditamos que as ações das Pussy Riot constituam uma ofensa criminal. As raparigas não mataram ninguém , não roubaram, não cometerem violência, não destruíram ou roubaram propriedade de ninguém», diz o documento, divulgado no site da rádio Moscow Echo: «Não vemos base legal ou motivo para continuar a isolar estas joven, que não representam qualquer ameaça real à sociedade. A Rússia é um estado secular e nenhuma ação anti-clerical, desde que não represente uma violação do código criminal, pode ser motivo para acusação criminal.»

Entre os subscritores da carta estão rostos conhecidos da oposição, como o músico Yury Shevchuk, o escritor Boris Akunin ou o poeta Dmitry Bykov, mas também famosos que foram apoiantes do presidente Vladimir Putin nas últimas eleições, como a atriz Chulpan Khamatova.

Nadezhda Tolokonnikova, Yekaterina Samutsevich e Maria Alekhina são as três jovens detidas. Duas delas são mães e todas foram detidas depois da tal ação a 21 de Fevereiro, quando irromperam na catedral Cristo Salvador a cantar aquela «oração punk». Conhecidas por atuar com roupas coloridas e a cara tapada, já eram famosas por várias iniciativas de protesto contra as políticas de Putin em vários locais, incluindo a Praça Vermelha. Este protesto pretendia evidenciar a cada vez maior ligação entre a Igreja Ortodoxa russa e Putin.

As três são acusadas de vandalismo por um grupo organizado, o que tem uma moldura penal máxima de sete anos. Na semana passada a sua prisão preventiva foi prolongada até 24 de Julho, enquanto continuam à espera de julgamento. As manifestações pela sua libertação têm sido recorrentes, e não apenas em Moscovo.

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