«Começámos aqui, o Moz a tocar guitarra e eu a cantar, e depois fomos acrescentando mais canções e mais músicos ao acontecimento», contou Tim em entrevista ao IOL Música, e de regresso à sala que viu nascer o terceiro álbum «Braço de Prata».
Fernando Júdice (baixo), João Cardoso (teclas), Gabriel Gomes (acordeão) e Fred Ferreira (bateria) completaram a banda de amigos que acabaram por gravar o disco. Músicos de diferentes gerações e sonoridades, mas que se juntaram em torno da música de Tim.
Entre temas originais e versões como «Tejo Que Levas As Águas» (Adriano Correia de Oliveira) ou «Por Quem Não Esqueci» (7ª Legião), «Braço de Prata» volta a percorrer os caminhos do acústico, num trabalho que, «pelo aspecto exterior», é bem diferente do rock 'n' roll dos Xutos & Pontapés.
«No fundo são duas partes que fazem parte da mesma coisa. Eu gosto de tocar baixo como toco, gosto de compor e tocar nos Xutos. E gosto de ter as minhas partes de guitarra, gosto de tocar coisas mais acústicas. São duas faces da minha actividade», explicou.
Xutos & Pontapés preparam novo disco
O próximo ano marca o regresso dos Xutos & Pontapés às edições discográficas. Ainda de «mãos quentes» depois de uma sessão de gravação, Tim falou da experiência em estúdio, nem sempre «muito fácil».
«Há pessoas que reagem pior à situação de estarem a gravar, de estarem a fixar a coisa de como quem vai para uma fotografia e fica mais tenso. Para mim não é muito difícil, porque esta coisa de estar sempre a tocar dá-me bastante prática», recordou o músico, acrescentando que «tinha saudades» de gravar com os colegas nos Xutos ( ver vídeo)
Quanto a novas canções, a banda já tem pronto o primeiro tema de apresentação do sucessor de «Mundo ao Contrário». Ainda sem título final, a nova música será revelada ao público num concerto ao vivo no Pavilhão de Portugal, no dia 13 de Janeiro, data em que os Xutos & Pontapés comemoram 30 anos de carreira.
«Canções rock como sabemos fazer»
Esse será o primeiro levantar do véu sobre o novo disco, que «não deverá estar pronto antes de Março». Até lá, Tim deixou transparecer que o 12º trabalho de estúdio será composto por canções rock ao estilo a que a banda habituou várias gerações de fãs.
«Uma das diferenças que eu tenho estado a ouvir é que a guitarra do Zé Pedro está outra vez bastante presente. Os arranjos que estamos a fazer nas músicas são arranjos de rock. São canções rock como sabemos fazer.» ( ver vídeo)