Juíza manda parar obras no resort de luxo da filha do fundador da Zara em Tróia, mas elas continuam - TVI

Juíza manda parar obras no resort de luxo da filha do fundador da Zara em Tróia, mas elas continuam

  • CNN Portugal
  • AM
  • 2 mar 2023, 08:20
"Havia aqui dunas, mas mandaram tudo abaixo". Projeto de luxo em Tróia da filha do dono da Zara causa polémica

Despacho da juíza Ana Casa Branca ordenou que a Câmara Municipal de Grândola suspendesse provisoriamente a continuidade das obras da urbanização. No entanto, empresa continua a trabalhar, alegando ainda não ter recebido a ordem do tribunal

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O projeto de 200 milhões de euros para construir um resort de luxo em Tróia da filha do fundador da Zara foi suspenso pela juíza do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, Ana Casa Branca.

A suspensão cautelar surge em resposta à providência apresentada pela Plataforma Dunas Livres, que reúne oito organizações não governamentais e que se opõe à destruição do que consideram a última extensão da costa virgem de Portugal.

O despacho da juíza Ana Casa Branca ordena que a Câmara Municipal de Grândola suspenda provisoriamente a continuidade das obras da urbanização. No entanto, de acordo com o El País, até terça-feira à tarde, nem o município nem a promotora tinham recebido a notificação e as obras continuavam em Tróia, com a empresa a garantir que assim o iria fazer até receber a ordem do tribunal.

A Plataforma Dunas Livres já fez saber que vai solicitar que a obra pare em definitivo. 

Em abril passado, a TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal, avançou que o resort "Na Praia" estava a ser contestado por oito organizações de ambiente que alertavam que as obras vão destruir dunas e que tinham começado sem licença. Na altura, a empresa refutou todas as acusações e garantiu que se tratava de um projeto amigo do ambiente.

O projeto turístico em causa envolve um investimento de cerca de 200 milhões de euros para construir um hotel de 5 estrelas e três aldeamentos igualmente de 5 estrelas, num total de 506 camas, algo que a empresa sublinha que é menos de 20 por cento da capacidade permitida pelo plano de urbanização da zona.

A Agência Portuguesa do Ambiente aprovou a obra apesar de ter identificado "impactos negativos muito relevantes, de magnitude elevada", sobre "valores ecológicos extremamente altos", nomeadamente sobre plantas e dunas. Os impactos negativos têm de ser compensados com 47 medidas de minimização.

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