Bebés: só um quarto dos hospitais coloca pulseiras - TVI

Bebés: só um quarto dos hospitais coloca pulseiras

  • Portugal Diário
  • 14 mar 2007, 10:29

A maioria das unidades instalou sistema depois do rapto em Penafiel

Dos 41 hospitais com unidades de recém-nascidos, só dez instalaram o sistema de prevenção de rapto da pulseira electrónica, referem dados do relatório da inspecção-geral da saúde (IGS) que avaliou a segurança das unidades de neonatologia de todo o país, citados pelo jornal Público. O jornal ainda que a maioria das unidades optou pelo sistema depois do rapto em Penafiel.

Segundo a principal empresa que instala o sistema nas unidades de saúde, a infocontrol, há mais três hospitais a quem foram adjudicadas as pulseiras electrónicas e que aguardam instalação. É o caso da maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra, e dos hospitais de Faro e Torres Vedras, refere a responsável de marketing, Conceição Martins, que adiante que estão ainda a decorrer mais cinco concursos para a instalação.

A pulseira é colocada no tornozelo da criança e o alarme dispara se for cortada ou se o bebé sair dos serviços de neonatologia, no caso do hospital torreense, a responsável de comunicação, Raquel da cruz leal, refere que a instalação do sistema, que começa a funcionar daqui a semanas, nada tem a ver com a troca de bebés que teve lugar há cerca de um mês. «Estava pensada há mais de seis meses», disse a responsável, que refere ainda que a troca, que durou horas, não seria impedida com o sistema electrónico, uma vez que as crianças tinham as pulseiras de identificação certas, mas foram entregues às mães erradas.

O hospital de Penafiel não tem o sistema de pulseiras mas a sua aprovação está dependente do desbloqueamento de fundos comunitários, esclareceu ao Público o seu assessor de imprensa, Nuno Cubanco.

A IGS já tinha feito um outro relatório sobre segurança nestas unidades, em 2003, na sequência do caso do desaparecimento de um bebé do hospital de Guimarães em 2002. O actual estudo dá conta de «uma evolução positiva». Há 24 hospitais com câmaras de videovigilância.

O relatório da IGS nota ainda que em 19 dos 41 hospitais as portas das unidades de neonatologia só se abrem com a introdução de um código, há nove hospitais com videoporteiro e cinco têm portas com alarme.

Segundo o Público, a IGS faz três recomendações aos hospitais. Devem passar a pedir e a ficar com registo dos dados pessoais de todas os acompanhantes e visitantes às unidades de obstetrícia e neonatologia, para futuros contactos. Aconselha também que as mães que saem do hospital com os seus recém-nascidos sejam obrigadas a mostrar aos funcionários da portaria a sua nota de alta, que deve ser cruzada com os dados da pulseira do bebé e acções de formação em segurança para todo o pessoal destas unidades.
Continue a ler esta notícia