«É preciso controlar a especulação imobiliária» - TVI

«É preciso controlar a especulação imobiliária»

Maria José Nogueira Pinto

PDiário: Candidata do CDS a Lisboa, Nogueira Pinto, diz que mercado «é indisciplinado». E que os «agentes económicos privados devem ser obrigados a integrar uma política pública» com margens de lucro controladas

Maria José Nogueira Pinto, candidata do CDS/PP a Lisboa, considera que «o mercado imobiliário é muito indisciplinado em Portugal e em Lisboa» e, por isso, «o Estado deve controlar a especulação dos agentes económicos privados». Em declarações ao PortugalDiário, Nogueira Pinto não hesita: «Sou de direita, mas estou completamente à vontade para dizer que sou contra essa especulação e é por isso que no meu programa a reabilitação deve ser preferida à construção». Mais: «é possível controlar a especulação. Basta querer e ter poder de decisão».

A candidata do CDS à câmara da capital garante que «é fácil disciplinar essa especulação, bastar querer. Os agentes económicos privados devem integrar uma política pública onde vão ter as suas margens de lucro, mas de forma controlada».

«É possível controlar a grande especulação», assevera a democrata-cristã, que mostra vontade em disciplinar o mercado imobiliário em Lisboa.

«Ainda não se devolveu a Expo à cidade»

Nogueira Pinto aplaude a concepção da Expo e o facto de se ter evitado o erro de Sevilha, copiando o êxito de Barcelona. A candidata à autarquia aplaude o facto da Expo ter integrado uma parte habitacional e de lazer, pensando que quando o evento chegasse ao fim era necessário não deixar degradar aquele espaço ribeirinho.

Contudo, a ex-presidente da Santa Casa da Misericórdia considera que o próximo passo não foi dado: «a gestão da Expo ficou numa determinada entidade e não houve uma mudança».

Ou seja, «ainda não se devolveu a Expo à cidade; nem se constituíram as freguesias». E, segundo a democrata-cristã, «a falta desse passo em frente criou grandes problemas para as pessoas que vivem naquela zona».

«Os moradores não sabem a que terra pertencem, não existe sinalética, não têm escolas, não têm transportes dentro dos blocos habitacionais, não existem arruamentos, nem centros de saúde».

Mas as críticas à falta «do passo seguinte», não ficam por aqui: «A marina está fechada, mas mantém-se nos mapas das marinas da Península Ibérica. E todos os dias é preciso dizer aos barcos que lá querem entrar que afinal não podem».

Além da «péssima imagem», Nogueira Pinto alerta para o facto de se «deixar degradar uma zona que foi feita propositadamente a pensar no aproveitamento do rio». A candidata à câmara de Lisboa lembra que «é preciso agarrar o que existe e não deixar degradar». Porque «se deixarmos degradar o Parque das Nações deixamos degradar uma zona ribeirinha fundamental».
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