"A senhora Lagarde anunciou há meia dúzia de dias que está disponível para exercer um segundo mandato à frente do FMI. Portanto, é evidente que está em campanha eleitoral. Ela lá há-de querer perante a instituição mostrar que defende todos os princípios do Fundo. Há este elemento político que acho que é indissociável da posição extrema que está a ser tomada pelo FMI"
Por isso, entre todos os intervenientes a jogo, Manuela Ferreira Leite considera que "quem está a dificultar muito o tom da discussão obviamente que é o FMI". "Percebe-se que é", reforçou.
Apesar de todo o clima de crispação, a comentadora da TVI24 acredita que o Grexit não vai acontecer. "Desde o primeiro dia, que eu acho que não é possível dexar cair a Grécia, deixar entrar em bancarrota e fazer com que ela saia do euro".
"Estou convencida que, engolindo mais sapo menos sapo, há-de haver alguma coisa para que tal não suceda".
Os ministros das Finanças da zona euro decidiram retomar as negociações no sábado de manhã. A bola está, outra vez, do lado de Alexis Tsipras e do seu governo. As autoridades helénicas terão de apresentar uma nova proposta para tentar agradar aos credores internacionais.
Só assim conseguirá o acordo que permitirá receber a última fatia do segundo resgate, no valor de 7,2 mil milhões de euros, e pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI daqui a seis dias. 30 de junho é, de facto, a data limite para o (in)cumprimento.
Até ao último minuto, os credores internacionais, e muito em especial o FMI, querem forçar a Grécia a cortes adicionais nas pensões e a reduzir os impostos para as empresas.