«Após três anos consecutivos de quebras no investimento público, só através de um verdadeiro reforço do investimento nas infra-estruturas e na valorização do território é possível dar um contributo decisivo para ganhar o desafio da competitividade», sustenta a FEPICOP.
Na carta dirigida a José Sócrates, citada pela «Lusa», a federação sustenta que, nos últimos cinco anos, «o défice de investimento do País tem sido o principal «handicap» do processo de convergência com a média europeia».
«Por conseguinte, é necessário um verdadeiro choque de investimento para relançar decisivamente a economia, gerando níveis adequados de crescimento económico e emprego», defende.
No documento, a FEPICOP reafirma o «carácter decisivo» que o OE para 2008 assume «para o sector e para o país» e alerta para as principais questões que afectam a actividade da construção.
Conforme destaca, trata-se de um dos sectores «que tem maior peso na economia portuguesa», que vive uma crise que a impede de «ganhar um novo dinamismo para iniciar uma trajectória sustentável de convergência com a União Europeia».
Segundo recorda a federação, o investimento público tem sido «fortemente reduzido», passando de 4.793 milhões de euros em 2002 (3,5 por cento do produto interno bruto-PIB) para 3.349 milhões de euros em 2007 (2,06 por cento do PIB).
Uma quebra, destaca, superior a 30 por cento, «a que haverá que adicionar ainda o efeito da inflação».
Reconhecendo a importância da articulação do investimento público com o privado, a federação anexou à carta enviada a Sócrates um documento estratégico sobre o sector, onde propõe «medidas concretas» para a dinamização do investimento em construção, como a criação de um ambiente favorável à captação de investidores.
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OE 2008: Federação da construção reclama «choque de investimento»
- Redação
- CPS
- 10 out 2007, 17:55
![Orçamento: Ministro explica detalhes aos deputados](https://img.iol.pt/image/id/2959805/1024.jpg)
A Federação Portuguesa da Industria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) reclamou, em carta enviada ao primeiro-ministro, um «choque de investimento» no OE para 2008.
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