Medicamentos para emagrecer como o Ozempic não têm relação com pensamentos suicidas, garante regulador europeu - TVI

Medicamentos para emagrecer como o Ozempic não têm relação com pensamentos suicidas, garante regulador europeu

  • CNN Portugal
  • ARC
  • 12 abr, 18:21
Ozempic (JOEL SAGET/AFP via Getty Images)

A investigação surgiu depois de a Islândia ter reportado três casos de pessoas que tomavam semaglutide ou liraglutide e que tinham pensamentos de suicídio e de autoagressão

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Não há qualquer prova de que exista uma relação entre a toma de medicamentos para emagrecer, como o Ozempic, e pensamentos suicidas. A garantia é dada pelo comité de avaliação de segurança da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla inglesa).

O organismo do regulador europeu avaliou o risco dos possíveis efeitos secundários em pessoas que tomam medicamentos conhecidos como GLP-1. Em causa estão medicamentos que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue e a reduzir o risco de doenças cardíacas em pessoas com diabetes, mas, devido à sensação de saciedade que desencadeiam, são muito usados como forma de perder peso.

"Os resultados não apoiaram uma associação causal entre a utilização de agonistas dos recetores GLP-1 e este risco", garantiu o comité num comunicado divulgado esta sexta-feira. Para além do estudo levado a cabo pelo regulador europeu, foram também analisados ensaios clínicos e dados de vigilância pós-comercialização.

Em análise, pelo comité de avaliação de segurança da EMA, estiveram cinco medicamentos: o semaglutido, o liraglutido, o dulaglutido, o exenatido e o lixisenatido. Quanto às marcas foram estudados o Ozempic e o “irmão” Wegovy bem como o Rybelsus e o Saxenda da farmacêutica Novo Nordisk, o Trulicity da Eli Lilly, o Suliqua da Sanofi e o Bydureon da AstraZeneca.

A investigação europeia surgiu depois de a Islândia ter reportado três casos de pessoas que tomavam semaglutide ou liraglutide e que tinham pensamentos de suicídio e de autoagressão.

Já uma outra análise preliminar realizada em janeiro pela Food and Drug Administration, a agência federal que estuda os medicamentos nos EUA, não tinha encontrado ligação entre os farmácos e este tipo de pensamentos. Ainda assim, a entidade norte-americana não excluiu que podia “existir um pequeno risco”, deixando a garantia de que ia continuar a estudá-lo.

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