Narciso diz que PS o sondou para Gaia

[ACTUALIZADO ÀS 12H45]

Narciso Miranda afirmou esta noite ter sido convidado pelo PS para se candidatar em 2009 à Câmara de Gaia e sondado para avançar às da Maia, Valongo e Gondomar, tendo recusado todas as propostas, informa a agência Lusa.

«Fui vagamente sondado pelo PS para me candidatar à Maia ou Valongo. Fui sondado de forma mais clara para Gondomar. Um movimento de cidadãos sondou-me para o Porto. E o partido convidou-me mesmo para avançar em Gaia», disse o ex-presidente da Câmara de Matosinhos.

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«Tudo isto são sinais das contradições, dos equívocos que lavram hoje no PS e que não consigo explicar. Como é possível o partido ter-me ostracizado e agora fazer tantas sondagens e convites?», acrescentou, num debate promovido em Matosinhos pelo Clube dos Pensadores.

O ex-autarca disse ter sido há sete meses «acusado pelo presidente da concelhia de Gaia do PS», Eduardo Vítor Rodrigues, de se estar a pôr em bicos dos pés: «Espantosamente, sete meses depois convidam-me para ser candidato. Não pude aceitar, é uma questão de rigor ético».

PS desmente

O líder do PS/Gaia garantiu que a sua concelhia nunca estudou a hipótese duma candidatura de Narciso Miranda a este município e acusou o ex-autarca de Matosinhos da autoria de «uma mentira cobarde, absurda e trauliteira».

Em comunicado, Eduardo Vítor Rodrigues afirma que estas afirmações correspondem a «uma mentira cobarde, como são todas as coisas ditas pelas costas, sem possibilidades de ser imediatamente reposta a verdade». «É uma mentira absurda, porque resulta de um cenário que o PS/Gaia não perspectiva e nunca estudou, provavelmente para mágoa da personagem em questão. É uma mentira trauliteira, porque visa apenas ser desmentido e, nesse sentido, ser mais uma vez falado e o seu nome escrito», acrescenta.

O líder da concelhia considera ainda que «num momento em que as pessoas se sentem em eclipse tendem a querer ver o seu nome espelhado nos jornais, seja pelos motivos que forem». «O PS/Gaia lamenta esta situação e tudo o que ela esconde», afirma Eduardo Vítor Rodrigues, que garantiu que a sua concelhia irá continuar a «desvalorizar as questões menores que outros criam para fins estritamente pessoais».