«Sócrates é um homem sério» - TVI

«Sócrates é um homem sério»

Sócrates  e César nos Açores

Líder do PS/Açores considera que PM está a ser alvo de uma «encenação» com «motivações políticas» no caso Freeport

O líder do PS/Açores manifestou quarta-feira à noite a sua solidariedade para com o Primeiro-Ministro, José Sócrates, que considerou estar a ser alvo de uma «encenação» com «motivações políticas» no caso Freeport, escreve a Lusa.

Falando à margem de uma reunião entre o Grupo Parlamentar do PS, membros e Governo e autarcas socialistas, realizada na cidade da Horta, Carlos César sublinhou que José Sócrates «é um homem sério» e que «não é um despacho que chegou mais cedo ou chegou mais tarde», que faz com que deixe de merecer confiança.

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«Conheço bem o Primeiro-Ministro do meu país e conheço bem o Eng. José Sócrates e sei que é uma pessoa séria», frisou o líder socialista açoriano, manifestando o desejo de que Sócrates volte a vencer as Legislativas Nacionais.

César diz mesmo que «é muito importante» que os socialistas vençam as próximas eleições para a Assembleia da República, para evitar que o PSD de Manuela Ferreira Leite caia na tentação de «dar cabo da Lei de Finanças Regionais, e leve o dinheiro dos Açores para a Madeira».

O líder regional do PS e presidente do Governo açoriano disse ainda que o seu partido quer vencer os próximos três actos eleitorais que vão ocorrer ao longo deste ano: autárquicas, legislativas nacionais e europeias.

Em relação às autárquicas, Carlos César anunciou que, este fim-de-semana, o PS/Açores vai reunir o seu Secretariado Regional e a Comissão Regional para definir as candidaturas às câmaras municipais presididas pelo partido.

«A nossa ambição é vencer»

«A nossa ambição é vencer, pela primeira vez, as eleições autárquicas nos Açores e estamos muito empenhados nesta batalha eleitoral», garantiu.

Quanto às eleições legislativas, o presidente do PS/Açores disse ter «uma leitura muito positiva» dos deputados socialistas eleitos pela Região, que «têm honrado e defendido os Açores e têm uma projecção nacional muito relevante, ao contrário dos deputados do PSD, que, apenas, fazem requerimentos para prejudicar o Governo dos Açores».

Em relação à polémica em torno da alegada ingerência do Governo na RTP/Açores, Carlos César negou interferir nos noticiários da rádio e televisão públicas, mas lembrou que os jornalistas «também podem ser alvos de críticas».

O líder do PS/Açores minimizou também a proposta apresentada quarta-feira pela líder do PSD/Açores, Berta Cabral, de integrar o financiamento da RTP/Açores na Lei de Finanças Regionais, considerando tratar-se de uma ideia «sem substância e sem sentido», que «não resolve os problemas da empresa».

«O que é que interessa estar o financiamento da RTP na Lei de Finanças Regionais, ou na Lei da Televisão, ou na Lei do Orçamento de Estado ou numa lei própria? É apenas um lugar para ter financiamento», explicou.
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