Betty Grafstein vai ficar com um botão de pânico e José Castelo Branco não poderá contactar ou aproximar-se da mulher a menos de um quilómetro. Apesar destas medidas de coação, o advogado do socialite entende a decisão do juiz não aponta para indícios forte na suspeita de crime de violência doméstica.
Fernando Silva referiu, à saída do tribunal, que o seu cliente aceitaria qualquer medida de coação "com preocupação", uma vez que está de "consciência livre".
José Castelo Branco fica, apesar de tudo, com total "liberdade de movimentos", podendo até deslocar-se para fora do país, incluindo Nova Iorque, onde vive com a mulher.
Por saber publicamente está ainda a circunstância da queixa e da detenção, ambos os momentos estranhados pela defesa. Fernando Silva disse aos jornalistas que "não deixa de ser estranho" a forma como a queixa foi feita, deixando algum ónus no hospital.
"Há aqui uma grande preocupação de uma entidade, que é o hospital, em imputar factos à pessoa", afirmou, admitindo tempo para pensar em medidas posteriores, como um processo contra a Cuf de Cascais.
O advogado desvalorizou, de certa forma, a queixa feita pelos profissionais de saúde, dizendo que ainda não percebeu como ocorreu a queda que provocou uma fratura em Betty Grafstein. "Vejo muita preocupação do hospital em querer arranjar factos", reiterou, para depois concretizar que José Castelo Branco entrou num conflito com médicos daquela unidade.
"Entrou em conflito porque não gostou da forma como estariam a tratar a mulher quando deu entrada", acrescentou, recusando uma acusação grave e recusando também a associação desses conflitos e da queixa.
Sobre o comportamento de José Castelo Branco, Fernando Silva defendeu o cliente: "Cada pessoa tem a sua forma de reagir e a sua forma de ser, alguns podem ser mais pacíficos e outros menos", vincou, dizendo estranhar também a detenção, que garantiu ter sido "provocada".
O advogado do socialite disse ainda que José Castelo Branco sabe quem "provocou" essa detenção, mas não quis revelar mais pormenores, dizendo apenas que o seu cliente está "afetado", nomeadamente por não poder contactar com a mulher.
Já sobre Betty Grafstein, que não falou em tribunal, Fernando Silva referiu que a norte-americana "está visivelmente perturbada", recusando que a mulher tenha dito ser vítima de violência, seja física ou psicológica.