Sacos de pano e de papel para reduzir plástico

A distribuição de sacos reutilizáveis de pano ou de papel nos supermercados é uma hipótese considerada pelo Governo para reduzir as duas mil toneladas de sacos de plástico anualmente utilizadas pelos cidadãos, anunciou hoje o Ministério do Ambiente, noticia a Lusa.

Esta hipótese surge depois de o Governo ter afastado, «há um par de semanas», a possibilidade de cobrar ao consumidor uma taxa de cinco cêntimos por cada saco de plástico utilizado nos supermercados, explicou o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

O governante admitiu que esta foi uma das hipóteses consideradas pelo Governo, que está a estudar formas de «estimular alternativas ao saco de plástico», um produto que «o cidadão está muito habituado a deitar para o lixo».

«Não há nenhum diploma concreto que estejamos a prever agendar de momento», disse Humberto Rosa.

O responsável falava em conferência de imprensa depois de o jornal Público noticiar hoje que o «Governo quer cobrar cinco cêntimos por cada saco de plástico utilizado» para transportar compras realizadas nas grandes superfícies, uma «taxa ecológica» para «travar a "utilização maciça e sem reutilização de sacos de plástico" em Portugal».

O dinheiro, a somar à conta de supermercado, reverteria na totalidade para o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, segundo o diário.

«Temos estudado várias alternativas e uma delas, a que deu origem a uma notícia de hoje sobre uma eventual taxa, era uma das alternativas que já tínhamos abandonado», considerou, acrescentando que a hipótese «foi abandonada nomeadamente por já haver uma taxa sobre sacos de plástico e outras embalagens, a taxa da Sociedade Ponto Verde».

O governante salientou que, apesar de a hipótese de uma taxa estar afastada, «não está afastado um conjunto de medidas» para reduzir os sacos de plástico nas paisagens, «mas sempre com alternativas para o cidadão».

Entre estas está a possibilidade de chegar a acordo com as empresas de distribuição do sector do comércio para que sejam disponibilizadas alternativas noutros materiais biodegradáveis, como, por exemplo, sacos de pano ou de papel reutilizáveis, como acontece já noutros países.