O líder socialista asssegurou que o seu partido não quer chegar ao Governo a qualquer custo. O que pretende é um Executivo "estável" e que dure não apenas "um ano, sem saber o que acontece a seguir".
"Estamos a trabalhar num programa de Governo para a legislatura. Não faz qualquer sentido considerar que há viabilidade de governo alternativo que caia daqui a três meses na discussão do Orçamento não tiver um horizonte de mais de um ano"
O Partido Socialista enviou hoje uma carta à coligação PàF com a análise crítica às propostas PSD/CDS-PP que tinha classificado como tendo "lacunas graves" e, agora na entrevista, subiu o tom falando em "omissões gravíssimas".
Costa acusa Passos Coelho de não ter uma cultura de diálogo e compromisso. "A última vez que ouvi falar a coligação foi com Passos Coelho a pôr um ponto final nas negociações. O que depreendo é que pôs fim às negociações".
À esquerda, António Costa assumiu que há "divergências insanáveis" e que o diálogo "obviamente não é fácil", mas que tem sido feito com "seriedade, rigor" e que as negociações "estão a correr bem". No entanto, "é prematuro dizer que vão acabar bem". Deixou, no entanto, uma garantia:
"Não chumbamos um Governo sem uma solução alternativa"