Cavaco Silva preocupado com aumento do desemprego - TVI

Cavaco Silva preocupado com aumento do desemprego

Cavaco Silva no Roteiro da Juventude

PR garante que podemos confiar nos bancos portugueses. «Têm todas as condições para enfrentar qualquer dificuldade»

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O presidente da República está preocupado com a possibilidade do aumento do desemprego e com o crescimento do endividamento externo, mas considera que os portugueses podem confiar no sistema bancário, revela este sábado o semanário Expresso.

«A questão fundamental é evitar a rarefacção do crédito às empresas e famílias. Se isto não acontecer, muitas empresas enfrentarão dificuldades e poderemos ter um grande aumento do desemprego», disse Cavaco Silva, em declarações ao semanário.

Cavaco considera ainda que a decisão que os chefes de Governo da zona euro tomaram em Paris foi «muito certa», porque permite aos bancos obter recursos para alimentar o crédito, nomeadamente aos bancos portugueses, permitindo-lhes aceder «a créditos internacionais e canalizá-los para o mercado interno».

No entanto, mostra-se preocupado porque o endividamento externo tem crescido de forma preocupante. «O maior problema de Portugal neste domínio é o do endividamento externo, que está a ser alimentado todos os anos pelo desequilíbrio das nossas contas externas que é muito elevado. É por isto que tenho insistido tanto na prioridade que deve ser concedida ao aumento da competitividade das nossas empresas», disse o Presidente.

O Chefe de Estado afirmou ainda que os portugueses podem confiar no sistema bancário português, garantindo que «não há, neste momento, entre nós problemas de solvabilidade dos bancos».

«O Banco de Portugal e os bancos portugueses têm todas as condições necessárias para enfrentar qualquer dificuldade que possa surgir», considerou.

A dívida externa portuguesa era de 343,9 mil milhões em Junho, mais do dobro do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados do Banco de Portugal, dos quais 188,6 mil milhões são dívidas da banca que incluem o financiamento do crédito a empresas e a famílias, salienta o Expresso.
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