Sócrates diz que há «consonância» com Cavaco - TVI

Sócrates diz que há «consonância» com Cavaco

Sócrates

José Sócrates realçou «o apelo» que o Presidente da República «fez aos portugueses para seguirem com energia e com ambição, e enfrentarem, todos juntos, as dificuldades do momento». Manuela Ferreira Leite não quis comentar o discurso

Depois de ouvir o discurso do Presidente da República, o primeiro-ministro considerou haver uma «consonância perfeita» entre si e o chefe de Estado. José Sócrates realçou «o apelo» feito por Cavaco Silva aos portugueses «para seguirem com energia e com ambição, e enfrentarem, todos juntos, as dificuldades do momento».

De todo o discurso que ouviu, José Sócrates realçou «em particular esse apelo à mobilização», considerando que este «é um apelo que se inscreve na linha que o Presidente da República sempre defendeu de combate ao pessimismo e à descrença».

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E, sobre as palavras de Cavaco Silva em relação à boa gestão de dinheiros públicos, considerou: «Nós temos as contas públicas em ordem e isso é um património do país que devemos sublinhar e manter».

Manule Ferreira Leite não comenta

As reacções das forças políticas ao discurso de Cavaco Silva não se fizeram esperar, excepção feita à líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que se recusou a comentar as palavras do Presidente. «Não faço comentários», disse aos jornalistas, que tentaram obter junto dela uma reacção no final do discurso proferido pelo Presidente da República, em frente aos Paços do Concelho de Lisboa.

Bernardino Soares, do PCP, fez uma leitura diferente de Sócrates do mesmo discurso: «Como é que podemos convergir com a União Europeia se o nosso Governo, ao contrário das economias maiores, continua a manter a ortodoxia do défice? Como é que podemos combater a pobreza se a valorização dos salários e das pensões continua a ser desvalorizada pelo Governo?», questionou o líder parlamentar da bancada comunista.

Já António Carlos Monteiro, do CDS/PP, viu nas palavras de Cavaco Silva algumas das preocupações dos centristas. «Registamos a importância que é dada ao papel do Estado em matérias como a Justiça e a Segurança, como o CDS tem vindo a reivindicar, e aquilo que consideramos que deve ser fundamental na educação, que é a cultura de exigência».

Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, considerou que o Presidente da República «fez um diagnóstico dos problemas mais graves que afectam, neste momento, a sociedade portuguesa, nomeadamente questões relacionadas com o aumento das taxas de juro, o desemprego, a necessidade de serviços públicos de qualidade». No entanto, considerou que Cavaco poderia ter «ido mais longe na crítica à governação, porque estes problemas não estão desligados de modo nenhum da governação do PS».

Nesta cerimónia na Câmara de Lisboa estiveram presentes as principais figuras do Estado e dos partidos, que assistiram à parada da Guarda Nacional Republicana.
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