Candidatura de Alegre não depende de partidos - TVI

Candidatura de Alegre não depende de partidos

Francisco Louçã

Louçã garante que participará na campanha para as presidenciais

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O líder do BE, Francisco Louçã, afirmou esta terça-feira que a candidatura de Manuel Alegre é independente dos partidos e «responde à desigualdade» e «combate o abismo económico» do país, garantido que estará «mobilizado» nas iniciativas de campanha, escreve a Lusa.

«A campanha presidencial é do candidato presidencial, não é uma campanha de partidos e não se reduz a partidos porque não depende de partidos, é uma candidatura para responder a uma questão essencial e é por isso que eu confio em Manuel Alegre», afirmou o coordenador bloquista.

Louçã respondia aos jornalistas sobre o apoio do PS a Alegre, no final de uma visita à escola secundária Padre Alberto Neto, em Queluz.

Questionado sobre como antevê a participação de socialistas e bloquistas na mesma campanha e um eventual encontro com José Sócrates, o líder do BE garantiu que estará «mobilizado», mas sublinhou «não concertar nenhuma campanha com ninguém», porque ela pertence a Manuel Alegre.

«Não sou eu que a faço [a campanha], eu estou na luta com as minhas ideias, como sempre estive, encontro-me com José Sócrates com muita frequência na Assembleia da República e, bem sabem, que os encontros são de grande franqueza, eu digo o que penso e luto pelo que penso e assim continuarei», disse.

«Eu não tenho nenhum papel na campanha que não seja apoiar e estar ao lado dos argumentos fortes de uma campanha pela igualdade, mas a campanha é dirigida por Manuel Alegre, é ele que a escolhe, que nomeia a sua comissão política, é ele que toma todas as decisões, e é assim que tem de ser», reforçou Louçã.

Na opinião de Louçã, a candidatura do histórico socialista «é a única forma de responder à candidatura da direita, que é Cavaco Silva, que é a candidatura do situacionismo, que apadrinha todas as políticas que têm fechado os olhos ao desemprego e à crise económica».

Francisco Louçã afirmou ainda que essa é uma candidatura que «mobiliza a esquerda, de esperança e de luta contra a desigualdade, que não cede um milímetro aos argumentos que dizem que é inevitável que o país caia no abismo»: «É o que Manuel Alegre tem dito e é por isso que eu confio na força que essa campanha tem».

«A campanha presidencial não é uma campanha dos partidos, não depende de nenhum apoio, é a campanha de um candidato, que tem um programa, e quando Manuel Alegre tomou posição sobre o Código do Trabalho, sobre as privatizações ou sobre a Justiça ou sobre a solidariedade, ele tem uma preocupação que é partilhada pelo povo da esquerda, que é responder à desigualdade», advogou.
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