Código de Trabalho: elogio aos socialistas que votaram contra - TVI

Código de Trabalho: elogio aos socialistas que votaram contra

Francisco Louçã

Francisco Louçã fala em «coragem» para contrariar disciplina de voto

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O secretário-geral do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, elogiou esta sexta-feira, no Porto, a coragem dos quatro deputados do PS que se levantaram na votação da Assembleia da República contra a proposta de revisão do Código do Trabalho, escreve a Lusa.

Louçã destacou que «um desses deputados é Manuel Alegre, fundador do PS e referência da vida democrática portuguesa».

O secretário-geral do BE falava aos jornalistas no final da realização da Marcha contra a Precariedade, uma iniciativa «contra o governo e os patrões» que visa «denunciar as políticas de incentivo ao trabalho precário e denunciar os abusos».

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Esta Marcha, iniciada em Lisboa, teve hoje a segunda etapa no Porto, tendo passado junto a algumas das empresas que o BE considera mais recorrerem ao trabalho temporário, num percurso de mais de sete quilómetros, que terminou na Rua de Santa Catarina, na Baixa portuense.

O dirigente do BE apelou a que «todos se juntem para responder à ameaça da precariedade laboral», sublinhando que «a proposta de Código de Trabalho foi hoje aprovada na generalidade».

Segue-se a discussão na especialidade, pelo que Louçã apela à «mobilização de todos contra esta lei, que é um monumento á precariedade laboral, já que, se ela for aprovada, todos os trabalhadores, mesmo aqueles que se encontram há dezenas de anos numa empresa passam a ser precários».

«Os patrões mandam e a democracia obedece»

«Será possível a qualquer empresa despedir trabalhadores e, mesmo que o tribunal ordene a sua reintegração, elas podem não respeitar a determinação judicial, pelo que na prática, ninguém está agora ao abrigo da prepotência patronal», afirmou.

Para Francisco Louçã, «com este governo, só há agora uma regra: os patrões mandam e a democracia obedece. Nunca houve em Portugal um governo tão respeitador da prepotência patronal».

«José Sócrates festejou em Santo Tirso a criação de 1200 postos de trabalho num call center que a PT prevê para daqui a um ano, mas a realidade é que estes call centers são verdadeiros antros de exploração para 50 mil precários em todo o país», frisou.

A Marcha contra a Precariedade do BE prossegue sábado em Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira e domingo em Braga e Guimarães.
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