BE quer ver retomadas obras do Metro Mondego - TVI

BE quer ver retomadas obras do Metro Mondego

José Manuel Pureza

Parlamento vai discutir projecto de resolução com recomendação ao Governo e, em simultâneo, discutir uma petição subscrita por quase nove mil cidadãos

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O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) anunciou esta segunda-feira, em Coimbra, que o Parlamento vai discutir a 19 de Janeiro um projecto de resolução que recomenda ao Governo a continuidade das obras do Metro Mondego.

De acordo com a Lusa, José Manuel Pureza disse numa conferência de imprensa, na sede distrital do BE, que a recomendação será discutida em simultâneo com a petição subscrita por 8 614 cidadãos. O abaixo-assinado contesta a paralisação e o adiamento das empreitadas do projecto Metro Mondego.

José Manuel Pureza considera que é a «última» oportunidade dos deputados de Coimbra do PS, do PSD e do CDS-PP «emendarem a mão». Isto depois de não terem votado a favor de uma proposta do BE de inclusão de 25 milhões de euros no Orçamento do Estado para dar cumprimento às obras.

«O PS votou contra e o PSD e CDS abstiveram-se. Bem podem, agora, clamar contra os que boicotam o projecto: clamam contra si próprios porque, quando tiveram de decidir, escolheram o lado errado, o da inviabilização financeira do projecto», criticou.

Em Novembro, a Rede Ferroviária Nacional (Refer) ordenou aos empreiteiros das obras de requalificação em curso na linha, entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra), a supressão dos trabalhos relacionados com a plataforma da linha, assentamento de carris e construção da catenária, um investimento que rondaria os 13 milhões de euros. As obras foram suspensas devido a constrangimentos financeiros.

Desde o início de 2010 que estavam em curso duas empreitadas superiores a 50 milhões de euros, entre aquelas duas localidades, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a instalação de um metro ligeiro de superfície na Linha da Lousã e na cidade de Coimbra.

O deputado bloquista salienta que a suspensão das obras é «uma humilhação para os concelhos de Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra». José Manuel Pureza acusa o Governo de «atitude leviana» na retirada dos carris quando o país já se encontrava «nesta situação económica».

«É um argumento inaceitável invocar a situação económica para não continuar as obras», frisou o líder parlamentar do BE, que foi eleito pelo círculo de Coimbra. José Manuel Pureza realça que o Governo tem «obrigatoriamente de encontrar formas para dar cumprimento ao seu compromisso».
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