PCP e BE juntos: «Só o futuro o dirá»

O membro da Comissão Política do Comité Central do PCP Armindo Miranda deixou este sábado em aberto um entendimento com o BE, considerando que «só o futuro o dirá» e que esta decisão não pode ser tomada por decreto.

No final da VII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, Armindo Miranda ¿ que chefiou a delegação do PCP que representou o partido ¿ foi questionado inúmeras vezes pelos jornalistas sobre uma possibilidade de entendimento entre PCP e Bloco de Esquerda, tendo deixado em aberto esta questão.

«É conhecida a proposta que o PCP fez ao povo português há cerca de mês e meio e essa proposta que estamos a fazer e a concretizar no terreno é a construção no nosso país de um país patriótico e de esquerda que garanta ao povo português a alteração da situação política no país», disse.

Armindo Miranda recordou que houve uma reunião entre PCP e Bloco de Esquerda de onde «foram tiradas e divulgadas conclusões», tendo sido «decidido que se iria para uma campanha eleitoral».

«Uma esquerda mais forte depois destas eleições passa por transformar o voto de cada um dos portugueses numa alavanca que permita a seguir às eleições continuar a alargar a luta do povo português», respondeu aos jornalistas.

Para o comunista, pela parte do PCP luta-se «para que o povo português, a partir da apreciação que faz da situação que está criada, use o seu voto no dia de 5 Junho para impor essa alternativa».

Sobre a insistência por parte dos jornalistas sobre a possibilidade de entendimento entre os dois partidos de esquerda, Armindo Miranda respondeu: «o futuro o dirá».

«São questões que nós não podemos decidir preto no branco ou decretar se é possível ou não é possível», acrescentou, recordando que «cada partido está no terreno, na campanha eleitoral, tentando o melhor resultado possível».