BE reúne-se em clima de pré-campanha - TVI

BE reúne-se em clima de pré-campanha

Francisco Louçã

Com as atenções centradas no combate ao plano de austeridade acordado entre o Governo e a troika

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O BE inicia em Lisboa a sua VII Convenção, que contará com a presença de mais de 500 delegados, com as atenções centradas no combate ao plano de austeridade acordado entre o Governo e a troika.

Com a moção de Francisco Louçã a eleger mais de 80 por cento dos 548 delegados à Convenção e com uma contestação interna representada praticamente apenas pela corrente liderada por Gil Garcia, a Ruptura/FER - as outras duas moções não possuem delegados suficientes para as fazer aprovar -, a intervenção da actual direção do partido vai centrar-se nas críticas ao acordo entre o Governo e o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.

Daniel Oliveira, antigo dirigente e fundador do partido (ex-Política XXI) e uma das vozes mais críticas da linha seguida pelo partido nos últimos meses ¿ designadamente em relação à moção de censura e à decisão de não reunir com a troika ¿ e Joana Amaral Dias, há dois anos excluída das listas do partido, não foram eleitos como delegados.

Sobre as críticas feitas à direcção do partido por Daniel Oliveira, e também pelo eurodeputado Rui Tavares, Miguel Portas disse à agência Lusa que devem ser desdramatizadas.

«Acho que essas críticas fazem parte daquilo que é o exercício do direito de opinião das pessoas, nós não dramatizamos, bem antes pelo contrário, esse tipo de diversidade», afirmou.

O fundador do BE e eurodeputado disse que o partido não se reuniu com a ¿troika¿ porque, considerou, «não houve nenhuma negociação, mas sim imposição».

«Este resgate exige, ainda que de forma não escrita, um Governo maioritário dos principais partidos e é evidente que a uma imposição deste tipo é também muito legítimo que se responda: não credibilizamos, não legitimamos e portanto não vamos», sustentou.

Portas sublinhou que o partido deve insistir na necessidade de se dirigir «ao povo que vai sofrer duramente com este resgate se ele for confirmado no próprio dia 5 de Junho, se houver uma maioria de votos na troika de partidos que aceita governar em nome da troika».

Os trabalhos da Convenção, que se realiza, como em 2009, no pavilhão do Casal Vistoso, têm início marcado para as 11:00, com a eleição da Mesa e seguindo-se a apresentação e votação do regimento da reunião magna dos bloquistas.

Às 11:30 terá lugar a intervenção de abertura, pelo coordenador, Francisco Louçã, e às 12:00 discutem-se e votam-se as propostas de alteração dos estatutos.

Depois de almoço, os delegados bloquistas apresentam, debatem e votam as moções de orientação política, tendo ainda lugar a eleição dos Órgãos Nacionais, da Mesa Nacional e da Comissão de Direitos, votação que só termina no domingo de manhã.

No último dia da Convenção terão lugar as intervenções finais, estando prevista para as 13:00 a apresentação dos resultados da votação para a nova direcção do partido.

Em seguida, Francisco Louçã fará o discurso de encerramento da VII Convenção do BE.
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