A presidência húngara da União Europeia recusou-se, esta sexta-feira a comentar a apresentação de uma moção de censura ao Governo português, para o próximo mês, declarando não ser da sua competência a análise sobre os problemas internos do país.
De acordo com a Lusa, a presidência húngara disse que não fará declarações sobre a política interna nem dos efeitos que a instabilidade económica de Portugal pode ter nos mercados financeiros.
Francisco Louçã, presidente do Bloco de Esquerda (BE) anunciou que irá apresentar uma moção de censura ao Governo a 10 de Março, um dia após Cavaco Silva tomar posse para um segundo mandato como Presidente da República, voltando a ser exequível a dissolvência do Parlamento.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates, considerou o anúncio uma «colossal irresponsabilidade», no entanto, apenas o Partido Socialista garante votar contra a moção.
Para que a moção de censura seja admitida é necessário que a maioria absoluta dos deputados a exercer funções (116) vote a favor. O BE precisa apenas do apoio do PSD e do CDS para ter os votos necessários.
UE recusa comentar moção de censura ao Governo português
- Redação
- SC
- 11 fev 2011, 11:17
São problemas internos do país, diz presidência húngara da União Europeia
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