25 de Abril: as reacções dos partidos aos discursos - TVI

25 de Abril: as reacções dos partidos aos discursos

Comemoração do 25 de Abril

Partidos concordam que é preciso menos crispação

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O líder parlamentar socialista, Francisco Assis, salientou da intervenção do Presidente da República, Cavaco Silva, uma mensagem de «esperança» e considerou «muito sensato» o apelo a uma menor crispação na vida política e partidária.

«Quero salientar a mensagem de esperança do senhor Presidente da República, que me parece muito importante, neste período que estamos a atravessar», afirmou Francisco Assis.

Confrontado com o apelo por parte de Cavaco Silva a uma menor crispação entre partidos, Assis considerou-o «um apelo muito sensato». «Este é um momento de manifestação de divergências, estamos num período pré-eleitoral, mas deve ser também um momento em que tudo façamos para não pôr em causa a necessidade de compromissos futuros na sociedade portuguesa», afirmou.

«Ninguém deve prometer o que não pode cumprir»

Já o líder do PSD reagiu ao discurso do Presidente da República, Cavaco Silva, que apelou aos partidos políticos para que não prometam o impossível nem vendam ilusões na campanha eleitoral que se avizinha. Passos Coelho responde que «ninguém deve prometer o que não pode cumprir».

«É importante que todos os partidos estejam à altura das suas responsabilidades», afirmou Pedro Passos Coelho, acrescentando que «é muito importante que tenhamos realismo. É possível ter esperança mas também sermos realistas».

O Presidente apelou também ao fim da «crispação» entre partidos e, em reacção, o líder social-democrata considerou que «não há agressividade. O que tem de haver é esclarecimento e confrontação de ideias». «Espero que todo o período até às eleições decorra de modo a que os portugueses possam fazer as suas escolhas», concluiu.

BE critica apelo ao entendimento

O líder parlamentar do BE, José Manuel Pureza, considerou que o fundamental do discurso do Presidente da República foi o apelo ao entendimento em torno da assistência financeira, solução que os bloquistas criticam.

«O principal recado que eu encontrei nestas quatro alocuções, foi do doutor Jorge Sampaio, ao dizer que não pudemos combater doenças novas com receitas antigas», disse.

O BE, argumentou, teme que esteja em curso um acordo para uma «fórmula recessiva que vai condenar de novo o país a um ciclo de mais pobreza, de maior injustiça».



Relativamente ao apelo do Presidente de haver menos agressividade na campanha eleitoral, Pureza respondeu que, «se por agressividade se entende pequenas querelas de natureza pessoal», o Bloco está «totalmente disposto a ir ao encontro dessa convocação». «Agora, não se entenda por agressividade o confronto entre propostas políticas de maneira clara», ressalvou.

PCP não se identificou com nenhum dos discursos

O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, não se identificou com nenhum dos discursos proferidos nas cerimónias oficiais do 25 de Abril e argumentou que o rumo do país passa necessariamente por uma «alternativa» e «ruptura» saída das eleições.

«Deve ser o povo português nas próximas eleições a decidir qual é o rumo do país e isso faz-se, do nosso ponto de vista, lutando por uma alternativa, por uma ruptura, e não pela continuidade da mesma política, que é o que tem desgraçado o país», afirmou Bernardino Soares.

Sobre o apelo do Presidente, Cavaco Silva, a uma menor crispação, o líder parlamentar do PCP afirmou que «a maior parte da agressividade é entre os partidos que defendem no fundamental a mesma política, porque não é preciso agressividade para defender políticas diferentes».

«É isso que nós fazemos, com frontalidade. Isso é desejável em democracia, defender os nossos pontos de vista e defender que para o país sair da crise em que está não pode ter a mesma política que o levou à situação em que estamos neste momento», sustentou.
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