Ministro sugere inquérito aos benefícios do «Magalhães» - TVI

Ministro sugere inquérito aos benefícios do «Magalhães»

Magalhães cheio de erros

António Mendonça responde assim à possibilidade de uma comissão de inquérito ao negócio ser aprovada pela Assembleia

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O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, sugeriu, esta quinta-feira, à oposição que faça, também, um inquérito «aos benefícios que o computador Magalhães trouxe à sociedade portuguesa», noticia a «Lusa».

«Faço uma sugestão a essa comissão de inquérito, se ela for aprovada pela Assembleia da República: que, no âmbito das actividades, averigúe os impactos positivos do Magalhães», afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre a proposta de criação de uma Comissão de Inquérito ao processo de distribuição do «Magalhães», o governante defendeu que é preciso averiguar «o que significa distribuir 400 mil computadores às crianças em termos de criação de uma cultura tecnológica, e em termos do futuro do país».

António Mendonça frisou ainda que o «Magalhães» «gerou competências próprias em empresas portuguesas, permitiu a criação de 400 postos de trabalho e projectou o nome do país no estrangeiro, dando-lhe uma imagem de desenvolvimento e progresso».

Sobre o facto de a iniciativa do PSD ter alegadamente «incomodado» o PS, o ministro disse que «as comissões de inquérito são normais em democracia», mas frisou que duvida da sua pertinência «quando está em curso uma auditoria do Tribunal de Contas».

«Julgo que era melhor aguardar pelos resultados do que criar uma comissão que se vai sobrepor ao Tribunal de Contas», acentuou.

Sobre a recente opção do Governo de lançar um concurso público internacional no valor de 50 milhões de euros para o fornecimento de 250 mil computadores - em detrimento do ajuste directo feito anteriormente - António Mendonça disse que houve uma «evolução das circunstâncias».

«As condições que determinaram a primeira distribuição de computadores alteraram-se», argumentou, defendendo que o que é importante neste caso é continuar a distribuir os computadores às crianças portuguesas, de acordo com o compromisso do Governo.

Sobre o recurso a verbas da acção social escolar para pagar parte da compra dos Magalhães, o ministro explicou o facto, afirmando que «o Governo cumpriu a obrigação de criar condições para que as crianças com menos posses pudessem ter acesso aos computadores».
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