A UGT considerou esta quarta-feira a primeira reunião com o primeiro-ministro como uma «abertura ao diálogo», mas disse não ter ficado tranquila com as explicações relativas à aplicação do imposto extraordinário sobre o 13.º mês.
«Esta foi uma primeira abordagem, uma abertura ao diálogo, mas só veremos os resultados mais tarde», disse aos jornalistas o secretário-geral da UGT, João Proença, no final de um encontro com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
«O primeiro-ministro não nos tranquilizou relativamente à aplicação do imposto extraordinário sobre o 13.º mês», acrescentou o sindicalista.
O líder da UGT considerou que, caso este imposto extraordinário só venha a ser aplicado sobre os rendimentos do trabalho e das pensões e não abranja os rendimentos do capital, tal irá aumentar as injustiças.
O ministro das Finanças vai na quinta-feira explicar os contornos técnicos da contribuição fiscal extraordinária anunciada no Parlamento e fará um «enquadramento sobre as medidas» em estudo pelo Governo.
A UGT, que pediu o encontro a Passos Coelho, manifestou também ao primeiro-ministro as suas preocupações sobre a situação económica e social do país, em particular quanto ao elevado nível de desemprego e defendeu a necessidade de se iniciar rapidamente o processo de negociação, em concertação social, de um acordo para a competitividade e emprego.
«Fiquei com a ideia de que a primeira reunião de Concertação Social para discutir um pacto para a competitividade e emprego venha a ser marcada para a próxima semana», embora não esteja ainda agendada qualquer encontro, disse João Proença.
O primeiro-ministro reúne esta quarta-feira ainda, com a CGTP, num encontro também solicitado pela central sindical.
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Governo: UGT reconhece «abertura ao diálogo»
- tvi24
- SM
- 13 jul 2011, 19:31
![UGT - João Proença](https://img.iol.pt/image/id/13416479/1024.jpg)
«Mas só veremos os resultados mais tarde», diz João Proença
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